Campo Grande continua enfrentando desafios significativos na educação básica, conforme revelam os dados mais recentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Desde 2015, a capital sul-mato-grossense não tem conseguido atingir as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Nos anos iniciais do ensino fundamental, as notas variaram de 5,3 a 5,7, enquanto as metas estabelecidas eram crescentes, chegando a 6,3 em 2021. Nos anos finais, a nota de 4,8 em 2023 está abaixo da meta a ser estabelecida, o que indica um cenário preocupante.
O deputado federal Beto Pereira, pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande pelo PSDB, atribui a baixa performance a uma falta de políticas públicas eficazes na educação. Segundo Pereira, há uma carência de iniciativas voltadas à educação em tempo integral, valorização dos professores e melhorias nas condições estruturais das escolas. Ele argumenta que a ausência dessas medidas contribui para o enfraquecimento da qualidade pedagógica e tecnológica, e promete mudanças significativas para reverter o quadro.
A situação da educação infantil em Campo Grande também é alarmante, com a cidade ocupando a 17ª posição entre as capitais no índice de alfabetização do MEC. Apenas 41,6% das crianças do 2º ano sabem ler e escrever, abaixo da meta de 44,3%. Beto Pereira destaca que a próxima administração municipal precisará enfrentar questões como a criação de vagas adicionais em creches e a expansão do tempo integral na pré-escola para melhorar a alfabetização e a base educacional.
Com base em sua experiência anterior como prefeito de Terenos, Pereira enfatiza que melhorias na infraestrutura educacional e investimentos em professores e alunos foram cruciais para o aumento do Ideb no município que ele administrou. A esperança é que essas práticas bem-sucedidas possam ser aplicadas para transformar a realidade educacional de Campo Grande, promovendo um futuro mais promissor para a educação na capital.