Fernanda Calgaro/G1
Agentes penitenciários invadiram plenário da comissão especial da reforma da Previdência
Agentes penitenciários invadiram a sessão da Comissão Especial da Reforma da Previdência, na noite de ontem (03), após a aposentadoria para policiais ser retirada de pauta. A sessão, que votava a favor dos destaques da reforma, que teria cido aprovada mais cedo, foi encerrada devido ao protesto.
A invasão durou cerca de 30 minutos. O presidente da Comisssão Carlos Marun (PMDB-MS) e o relator Arthur Maia (PPS-BA) saíram escoltados pela polícia. Até o momento não tem uma data certa de quando a sessão será retomada.
De acordo com a Agência Brasil, a confusão aconteceu após a provação do relatório final de Maia (PPS-BA), quando os deputados votavam os 13 destaques na bancada. Após o promeiro destaque ser rejeitado, o colegiado iniciou uma análise apresentado ao deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) , eu colocava os agentes penitenciários e socioeducativos nas mesmas regras dos policiais civis.
Opós os partido PP e PSDB que são da base aliada encaminhar seus votos a favor, o presidente da comissão suspendeu a reunião.
Preocupado com a mudança, e mostrando ser ao contrário, o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP) recuou ao encaminhamento. “Vamos mudar a orientação da votação e aceitamos levar ao plenário, mas sem o compromisso da aprovação do PSDB”, disse Tripoli.
Ao serem questionados sobre a votação, a oposição se mostraram irritados com a interrupção. “Quem não quer votar é a bancada do governo. Essa obstrução é da base do governo. Depois não digam aos agentes que nós não queremos votar”, disse a vice-líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Aposentadoria para agentes
Arnaldo Faria de Sá relatou que o assunto pode ser novamente negociado e votado em Plenário. “Eu tinha vislumbrado a possibilidade de ganhar o destaque com a posição do PSDB, mas sem o apoio eu retiro a emenda e levo para o plenário. Vamos seguir em frente”, lamentou.
Pouco depois, os agentes invadiram o prédio. Houve bate boca e ameaça entre os presentes. A maior parte dos deputados deixaram a sessão, permanecendo os parlamentares da oposição que apoiavam o pleito da categoria.
Segundo a normas da reforma, os agentes penitenciários estão no estacionamento do Anexo 2 do Congresso. Policiais legislativa e militres fecharam o acesso ao local e as vias de entrada foram isoladas. Foram disparadas bombas de gás lacrimogênio para conter os manifestantes. Não houve feridos no protesto.
Mais protestos
Na última terça-feira (2), cerca de 500 agentes penitenciários invadiram o Ministério da Justiça e só desocuparam o prédio após uma reunião com o ministro Osmar Serraglio, que prometeu de que o governo não criará obstáculos para equiparação das regras para aposentadoria dos agentes e policiais na tramitação Proposta da Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Trabalhista.
Texto aprovado
No total, o governo substituiu cinco integrantes do colegiado que conseguiu aprovar o texto por 23 votos a favor e 14 contra. Para ser aprovado na comissão, o reltorio precisava receber pelos menos 19 dos 37 votos do colegiado.
“O plenário vai a partir de agora tomar o conhecimento [do texto da reforma]. Não sou futurólogo mas o resultado aqui revela a unidade da base do governo. Os partidos que estão aqui e que encaminharam favoravelmente [o voto na comissão] são suficientes para aprovar no plenário”, disse Maia.