O prefeito eleito de Campo Grande, Alcides Bernal, recebeu R$ 1,9 milhão durante a campanha, conforme declaração à Justiça Eleitoral, sendo que R$ 1,6 milhão vieram do partido dele, o PP. Na prestação de contas dele também aparecem como doadores pessoas físicas e a empresa VIP Produções.
Já Edson Giroto (PMDB), que também disputou o segundo turno em Campo Grande, recebeu R$ 9,987 milhões de doações. Entre os colaboradores da campanha dele estão a gigante Fibria, do ramo de celulose, e inúmeras empresas, incluindo empreiteiras (Hedge Desenvolvimento Urbano, Locapavi Construções, R.A Engenharia e Construções e Serviços e Pactual Construções), frigorífico, gráfica e vários postos de combustível.
A prestação de contas dos candidatos que disputaram o segundo turno foi divulgada somente nesta semana. Isto porque os 100 candidatos que concorreram ao segundo turno das eleições para prefeito, no dia 28 de outubro, tiveram até o dia 27 de novembro para entregar as prestações de contas finais.
Outros concorrentes
Já os candidatos que terminaram a sua participação nas Eleições 2012 no primeiro turno contaram com um prazo menor. E no início do mês tiveram as contas divulgadas.
A campanha do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), terceiro colocado na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, custou R$ 4.330.476,20. A maior parte dos recursos (R$ 2,85 milhões) veio do próprio partido.
Já a campanha de Vander Loubet (PT) a prefeito de Campo Grande teve gasto muito superior à receita. Ele arrecadou R$ 2,49 milhões, mas as despesas somaram R$ 4,252 milhões – uma diferença de R$ 1,75 milhão.
Suél Ferranti (PSTU), que também disputou a Prefeitura de Campo Grande, informou à Justiça Eleitoral ter gastado R$ 48,91 ao longo de toda a campanha eleitoral. Ele gastou R$ 8,90 com a aquisição de materiais de expediente, comprados no supermercado Extra, e R$ 40,01 em um posto de combustíveis.
O vereador Marcelo Bluma (PV) contou com a ajuda financeira do partido, mas teve que botar a mão no bolso. A campanha dele custou R$ 161 mil, sendo R$ 100 mil da direção nacional do PV e R$ 61 mil de recursos próprios.
Já Sidney Melo, segundo o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não havia entregado a prestação de contas.