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No 2º turno das eleições para o Governdo do Estado, o MDB decidiu apoiar o Juiz Odilon (PDT)
Após o fim das eleições no Mato Grosso do Sul, o sentimento para filiados e simpatizantes do MDB é de derrota dupla. O partido que lançou Junior Mochi como candidato no 1º turno das eleições para o Governo do Estado, agora junta os cacos de outra derrota no 2º turno, desta vez apoiando o candidato Juiz Odilon (PDT).
O declínio político do MDB começou com a prisão de seu maior representante local, o ex governador André Puccinelli, acusado de envolvimento em esquema de corrupção durante sua gestão no executivo estadual. De lá pra cá, o partido vem tentando se reinventar e até tentou lançar a senadora Simone Tebet como candidata ao governo, mesmo contra a vontade dela. Prevaleceu a família da parlamentar, que aconselhou Simone a voltar atrás e recusar o convite (mesmo já tendo anunciado sua pré-candidatura).
Ao anunciar sua desistência, Simone fez um pedido ao partido, que apoiasse seu, então candidato à vice, Sérgio Harfouche (PSC), como cabeça da chapa para o governo. Pedido esse que foi ignorado completamente.
Depois de muita especulação e muita conversa, chegou-se ao nome do presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi, que embarcou em um caminho sem volta. Resultado: Mochi perdeu no executivo e no legislativo. Ficará sem mandato a partir de 2019, e ainda pior, por apoiar Odilon no segundo turno, se distanciou do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com quem tinha um bom relacionamento antes das eleições.
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Apenas os deputados Eduardo Rocha, Márcio Fernandes e Renato Câmara vão representar o MDB em 2019 na ALMS
Além do cenário executivo, o partido deixa de ter a maior bancada na ALMS, perdendo quatro de seus sete deputados (Antonieta Amorim, George Takimoto, Junior Mochi e Paulo Siufi). Apenas Eduardo Rocha, Márcio Fernandes e Renato Câmara, seguem na casa do legislativo estadual no próximo ano.
No Senado Federal, onde o MDB era absoluto com dois senadores, agora terá apenas um, já que Waldemir Moka não conseguiu se reeleger.
Também vale lembrar que o ministro Carlos Marun (licenciado do cargo de deputado federal) é mais um que deve ficar sem mandato no próximo ano. Ele já nunciou que deve se afastar da política por tempo indeterminado.
Entre todos os partidos que participaram das eleições em 2018, o MDB foi o que mais perdeu espaço e influência, já que, possivelmente, não deva estar nos planos do Governo do Estado em 2019. O que resta agora é fazer oposição.