Vereadores de Campo Grande aprovaram dois projetos de lei reduzindo os próprios salários, do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais nesta quarta-feira (21). Com isso, os parlamentares derrubaram lei previamente aprovada por eles que reajustava em 26% os seus rendimentos. Agora, eles ficarão sem reajuste salarial até 2020.
Divulgação/Câmara Municipal

João Rocha (PSDB) declarou que os vereadores não reajustaram os próprios salários devido à crise econômica que atinge a Capital
O presidente da Câmara Municipal, João Rocha (PSDB), declarou que os vereadores decidiram não reajustar os próprios salários devido à crise econômica que atinge Campo Grande. "Diante da situação que passa o país e a nossa cidade, também por uma solicitação do prefeito eleito, nós vereadores, juntamente com a Mesa Diretora, decidimos marcar uma ponte de responsabilidade, consciência política e entendimento da situação que todos nós estamos passando", disse.
Os vereadores aprovaram o projeto de lei n° 8.400/16 que fixa a remuneração deles para a próxima legislatura (2017/2020). A proposta congela o salário dos parlamentares em R$ 15.031,76 por mais quatro anos, já que de acordo com o regimento interno, qualquer proposta que fixe ou atualize o salário do prefeito e dos parlamentares deve ser apresentada na legislatura anterior para aplicação na subsequente.
Também foi aprovado o projeto de lei n° 8.401/16, que fixa o subsídio mensal do prefeito de Campo Grande em R$ 20.412,42 e do vice-prefeito em R$ 15.308,66. Ainda, fixa o rendimento dos secretários municipais, procurador-geral e titulares das entidades da administração indireta em R$ 11.619,70.
O congelamento salarial atingirá os vereadores eleitos, o prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD), secretários e 195 servidores que têm aumento condicionado ao salário do Executivo, que não podem receber mais que o gestor municipal.
Os vereadores votaram o reajuste salarial anteriormente alegando que seguem a lei que garante salário correspondente a 75% da remuneração dos deputados estaduais, que ganham hoje R$ 25 mil. Caso o aumento continuasse aprovado, os parlamentares receberiam R$ 18,9 mil, já o prefeito passaria a receber R$ 25 mil. O reajuste custaria R$ 32 milhões anuais aos cofres públicos. (Colaborou Wendell Reis).
(Matéria alterada 15h22 para acréscimo de informações).