A CPI da Energisa notificou esta semana a concessionária para que “abstenha-se de entrar em contato com as entidades envolvidas na realização dos trabalhos de perícia” dos medidores. A notificação foi feita depois que um técnico designado pela Energisa para acompanhar os trabalhos da CPI tentou, reiteradas vezes, fazer contato com os professores da Universidade de São Carlos, apresentando-se como representante da Comissão.
Mesmo após ser notificada pela CPI, a empresa enviou seu técnico pessoalmente, nesta sexta-feira (13), para tentar contato mais uma vez com o professor, na Universidade de São Carlos, segundo o relator da comissão, deputado estadual Capitão Contar (PSL).
Contar pede que sejam respeitadas as prerrogativas constitucionais do processo interrogatório. “O que está em jogo aqui não é somente o desrespeito aos trabalhos da CPI e de seus membros, é a soberania desta Casa e da representação popular. Esta investigação foi instaurada a pedido dos consumidores, para mostrar a verdade sobre as contas da Energisa, que presta um serviço público. Não podemos admitir que a CPI seja corrompida ou menosprezada. E não compactuo com a ideia dela vir sofrer qualquer tipo de manobra que possa desvirtuar um trabalho sério e transparente ao qual a população sul-mato-grossense aguarda pela resposta”.
Como empresa investigada, é reservado à Energisa o direito do contraditório e apresentar sua contestação. “Não há e não haverá, por parte da CPI, qualquer obstrução ao seu direito de defesa. Isso fica evidenciado pela nossa solicitação de que a empresa indicasse representante para o acompanhamento de nosso trabalho e pela participação dos advogados da concessionária em todas as nossas reuniões. Mas sua defesa deve ser feita dentro do processo legalmente estabelecido”, finaliza Contar.