Um médico que mora em Campo Grande apresentou nova denúncia de cobrança irregular na conta de energia elétrica pela Energisa. Márcio Molinari denunciou que o valor de sua fatura aumentou significativamente sem que ocorresse alteração no consumo médio. Esse foi um dos assuntos discutidos na sessão da CPI da Energisa, nessa terça-feira (10), na Assembleia Legislativa.
Na denúncia, Molinari afirmou que o aumento do valor de tarifa ocorreu depois de alteração na forma de medição. “Após a mudança de padrão, do habitual para o relógio, foi colocado um display pela Energisa”, disse. Desde então, o médico constatou aumento no consumo apurado e, por conseguinte, no valor cobrado pela Energisa. “Chamei um eletricista para verificar se tinha fuga de energia, mas não havia”, continuou. Molinari disse, ainda, que procurou a concessionária várias vezes, mas não foi atendido.
Sem conseguir avançar na resolução do problema, o médico decidiu, então, fazer uma medição paralela. Verificou, assim, discrepância entre o valor medido no display da concessionária e o apurado em um analisador externo. Em uma semana, o display marcou 154 kWh e o analisador, 22 kWh. Ou seja, o consumo medido pela Energisa foi sete vezes maior que o verificado pelo médico.
Análise de relógios
Outro assunto discutido na CPI foi a verificação do funcionamento de relógios de consumidores. Esses aparelhos serão encaminhados para análise da Universidade de São Paulo (USP), do campus de São Carlos. Depois de muitas discussões, foram acertados os procedimentos.
Serão escolhidos, por sorteio, 300 relógios entre as 2,3 mil unidades consumidoras, objetos de processo no Procon. Desse universo, serão contemplados 200 equipamentos.
O sorteio será realizado no dia 16 de março, a partir das 10 horas, na Assembleia Legislativa. Os trabalhos para retirada dos relógios terão início às 7h do dia 18 na sede da Energisa.