Roque de Sá/Agência Senado
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS é relatada pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS)
Os membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS votam na terça-feira (3) os requerimentos para que sejam ouvidos Fernanda Tórtima, ex-advogada da JBS, e Vinícius Marques de Carvalho ,ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE.
Os pedidos de depoimentos foram feitos pelo presidente da comissão senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) e pelos deputados Izalci Lucas (PSDB/DF) e Heuler Cruvinel (PSD/GO). A CPMI tem o deputado Carlos Marun, (PMDB-MS), como relator-geral.
No caso do ex-presidente do Cade, o senador Ataídes Oliveira justifica que na denúncia dirigida ao Presidente Michel Temer por corrupção passiva, o então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, lançou suspeita sobre um contrato de R$ 406,6 milhões, assinado entre uma termoelétrica do Grupo JBS e a Petrobrás para fornecimento de gás boliviano, depois de uma suposta interferência do Cade – foi a partir deste contrato que surgiu a primeira parcela de R$ 500 mil em propina, conforme as investigações.
Oliveira lembra ainda que a Operação Bullish também apura irregularidades nos aportes de R$ 8,1 bilhões feitos pelo BNDES para a expansão dos negócios dos irmãos Joesley e Wesley Batista, onde também teria havido atuação do Cade em prol dos interesses dos Batista. O presidente da CPMI da JBS ressalta que Vinícius Marques de Carvalho presidiu o conselho entre 2012 e 2016.