A holding J&F, controladora da JBS, entregou, nesta sexta-feira (7), as procurações dos advogados que representam a empresa no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS).
Os documentos foram enviados, por email, pelo próprio advogado da empresa, Ricardo Gaertner, dentro do prazo estabelecido pela comissão. Os documentos originais devem ser enviados aos deputados até a próxima reunião do grupo.
Na reunião da última quarta-feira (5), os deputados Paulo Correa (PR), presidente da Comissão, Flávio Kayatt (PSDB), Paulo Siufi (PMDB) e Eduardo Rocha (PMDB) suspeitaram da autenticidade do ofício enviado pela J&F, que foi assinado por Gaertner e entregue à CPI pela advogada Fernanda Regina.
A jurista, que estava presente na reunião, foi convocada, então, por Corrêa e afirmou, na ocasião, que apenas foi contratada para entregar o ofício aos parlamentares. Na sequência, os parlamentares decidiram que a advogada teria o prazo de 24 horas para entrar em contato com Gaertner e solicitar o envio da procuração, que a oficializasse como representante do advogado, na capital.
Denúncia
Em delação premiada, firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os executivos da empresa denunciaram o pagamento de notas fiscais sem o devido fornecimento de bens ou serviços como contrapartida para conseguir as isenções junto ao governo do estado.
De acordo com os empresários, as notas, que somam valores superiores a R$45 milhões, seriam uma forma de acorbertar o pagamento de propina paga aos últimos três governadores de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).