Deurico/Arquivo Capital News

Delcídio volta a denunciar membro do governo de Dilma por implicações no petrolão
A indicação do diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada, preso na Operação Lava Jato, teria sido patrocinada pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB).
A informação consta na delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral (afastado do PT-MS) aos procuradores da Lava Jato.
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Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que repercute nesta sexta-feira (11) o trecho da delação de Delcídio que cita a suposta intervenção de Temer em favor de Zelada, o ex-diretor da Petrobras é apontado como elo do PMDB no esquema do petrolão - ele cumpre pena de 12 anos de prisão.
A Folha lembra que, para a força-tarefa da Lava Jato, pelo menos US$ 31 milhões do esquema foram parar nas mãos do partido, de Zelada e de Eduardo Musa (ex-diretor da Petrobras condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro).
Conforme a Folha, o PMDB teme que Zelada, apontado como o elo do partido com o esquema investigado pela Lava Jato, também decida fechar um acordo de delação premiada com as autoridades.
A assessoria de Temer disse ao jornal que Zelada foi indicado para a diretoria da Petrobras pela bancada do PMDB de Minas Gerais, e que Temer o recebeu antes da nomeação na "condição de presidente da sigla", e que em 2011, quando Zelada tentou se manter no cargo, "não obteve apoio".
Delcídio também teria, segundo a Folha, destacado a ligação de Temer com o lobista João Augusto Henriques, escolhido para substituir Nestor Cerveró na área Internacional da Petrobras. A presidente Dilma, no entanto, recusou a indicação. O vice nega ter relação com o lobista, assinala o jornal paulista.