Na tarde da última segunda-feira (22) o ex-senador, Delcídio do Amaral, afirmou durante audiência na 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi interrogado este ano pelo Departamento de Justiça Americano (DOJ) para responder questões relacionadas à Petrobras e à Operação Lava Jato. Segundo Delcídio os interrogatório teria acontecido em Campo Grande.
Arquivo Capital News
Delcídio negou que tenha feito acordo judicial com autoridades norte-americanas
Delcídio, que é testemunha de acusação em um dos processos que envolvem o ex-presidente Lula, alegou que o depoimento foi solicitado pelo DOJ diretamente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) brasileiro. "Eu simplesmente mostrei ao longo da audiência que o processo que eu respondo é por obstrução de Justiça, então eu não tinha os detalhes que a própria Operação Lava Jato já investigou, já tomou conhecimento", relatou.
O ex-senador contou que seu depoimento aos americanos foi acompanhado apenas por um juiz, um representante do Ministério Público Federal (MPF) e por advogados da Petrobras.
Este relato, até então desconhecido se deu após a defesa de Lula perguntar se ele havia celebrado algum acordo judicial com autoridades norte-americanas. O ex-senador revelou detalhes do depoimento solicitado pelo DOJ, mas negou que tenha feito qualquer acordo.
Segundo o ex-senador, as perguntas feitas pelo DOJ eram sobre os assuntos que ela já havia respondido no acordo de delação premiada celebrada com o MPF. "Todos nós ficamos numa saia-justa danada nessa audiência, porque afinal de contas ninguém entendeu direito porque aquilo aconteceu lá em Campo Grande", afirmou.