Na sessão desta terça-feira na Assembléia Legislativa alguns deputados criticaram o programa Trem do Pantanal, lançada na sexta-feira passada pelo governador André Puccinelli (PMDB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Paulo Duarte (PT) disse, ainda, que o percurso do trem até a cidade de Miranda é bastante restrito.
"Doze horas (o percurso de 220 quilômetros entre Campo Grande e Miranda) é um absurdo", disse o petista, sobre a velocidade máxima do veículo de 20 a 25 quilômetros por hora. "25/h é insustentável, produto de difícil venda", reforçou, destacando que não acredita, apesar de torcer muito, que o Trem do Pantanal chegará a Corumbá no segundo semestre de 2010. A expansão do percurso do trem até Corumbá foi um pedido do presidente Lula.
O deputado estadual reforçou que a velocidade é baixa porque a ferrovia está sucateada e não oferece segurança. Líder do PDT, o deputado Antônio Braga reforçou as críticas. "É lamentável chamar este transporte de trem", disse o pedetista. Braga ressaltou que o trem não oferece segurança e os trilhos estariam dilapidados. "Nada mais é do que uma grande panacéia", ressaltou, sobre a repercussão do empreendimento.
"O Trem do Pantanal que todos queremos não é esse que sonhamos. É o trem de Miranda, com velocidade de 10 quilômetros por hora", endossou as críticas o deputado Onevan de Matos (PDT). Ele disse que o povo de Mato Grosso do Sul quer um trem até Corumbá que dê prazer e satisfação ao turista. Pedro Kemp considerou que houve falta de respeito com o presidente da República. Ele disse que o trem não oferece segurança e não é do Pantanal. O petista ainda criticou o Governo estadual por promover muita propaganda nos últimos dias.
Líder do PR, o deputado Antônio Carlos Arroyo defendeu o Trem do Pantanal. Ele destacou que o empreendimento é voltado para o turismo contemplativo. O parlamentar explicou que o trem para duas horas em Aquidauana para almoço e pernoita em Miranda. O objetivo da proposta é incentivar o turismo ecológico.