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Política Sexta-feira, 16 de Julho de 2021, 08:37 - A | A

Sexta-feira, 16 de Julho de 2021, 08h:37 - A | A

Desenvolvimento

Em reunião do Centro Brasil no Clima, Semagro apresenta ações de preservação ambiental

Encontro contou com a presença de 29 ministros conselheiros da Comunidade Europeia

Lethycia Anjos
Capital News

Divulgação/Semagro

Em reunião do Centro Brasil no Clima, Semagro apresenta ações em prol a preservação ambiental

Reunião foi promovida de forma remota

Durante reunião virtual do Centro Brasil no Clima (CBC) realizada na última quinta-feira (15), o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, apresentou aos 29 ministros conselheiros da Comunidade Europeia, as iniciativas subnacionais, coordenadas por estados e municípios, com intuito de avançar no cumprimento das  das metas do Acordo de Paris pela redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa. 

 

Para Jaime Verruck, os estados brasileiros estão empenhados na causa. “Eu acredito, plenamente, que os estados têm projetos e ações suficientes para cumprir as metas brasileiras propostas pelo governo federal. Isso tem que ser estabelecido em termos de governança, em levantamentos, em demonstração”, destacou Verruck, que esteve acompanhado da coordenadora de Cooperação Internacional e Comércio Exterior da Semagro, Thaís Guimarães.

 

A reunião contou com a presença de autoridades de diversos estados brasileiros, principalmente da região Amazônica. 

 

Na ocasião, o governador do Maranhão, Flávio Dino, discurssou em nome dos nove governadores do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal e destacou o Plano de Recuperação Verde da Amazônia Brasileira, focado em quatro eixos, freio no desmatamento ilegal, incentivo à produção sustentável, criação de polos de inovação e tecnologia e investimento em infraestrutura para melhorar a qualidade de vida nas cidades da região, o que desestimularia a investida contra a floresta em busca de renda.

 

Durante o evento, Jaime Verruck ressaltou as ações promovidas em Mato Grosso do Sul e em outros estados, que contribuem com as iniciativas realizadas no mundo todo com intuito de reduzir os gases do efeito estufa (GEEs). 

 

Para o secretário, o agronegócio brasileiro é sustentável, contudo, é necessário provar isso ao mundo. “Em Mato Grosso do Sul temos um projeto de bioeconomia no Pantanal porque a gente entende que o desenvolvimento de novos produtos, de inovação em bioeconomia, são o caminho para dar sustentabilidade a essas áreas mais sensíveis do país. Aqui, especificamente, desenvolvemos uma plataforma junto com a Embrapa que é a Carne Carbono Neutro, que hoje é reconhecida internacionalmente. E onde é que estamos produzindo essa carne? Nas áreas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta”, explicou.

 

Jaime Verruck destacou que os eixos estratégicos que são praticamente unificados em todo o Brasil, dando destaque a certificação dos produtos.  “Quero pontuar a questão do mercado, que são as cadeias globais e a busca de certificação. Percebemos claramente que, quando temos um produtor vinculado às cadeias globais, muitas vezes ele já começa a ter restrições ou, pelo menos, a obrigação da certificação em relação a seus produtos, e consequentemente, acaba adotando boas práticas. Mas a grande maioria dos produtores não estão inseridos diretamente, sob o ponto de vista contratual, com essas grandes cadeias globais. Estão inseridos sob o ponto de vista de mercado. E os estados têm feito alguns mecanismos de rastreabilidade e certificação”, ressaltou via assessoria.

 

Outro ponto importante enfatizado pelo titular da Semagro foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo ele, a implementação do programa representa os esforços do Estado para cumprir as metas do Acordo de Paris. “A conta é muito simples: se nós, hoje, tivéssemos 100% das propriedades brasileiras já com os cadastros analisados e feitos os programas de regularização ambiental, 20% do território do Cerrado estaria protegido ou estaria sendo regularizado; 50% do território da Amazônia estaria protegido ou sendo compensado, igualmente no Pantanal, 50% protegido ou regularizado. E isso pelo setor privado, por aqueles que são os detentores da terra. Só isso seria suficiente para demonstrar que o Brasil tem, na sua base territorial, uma sustentabilidade. Só que estamos demorando muito tempo para fazer essa regularização, porque falta gente, falta tecnologia”, finalizou Verruck.

 

Para a chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, Ana Beatriz Martins, o encontro foi “estimulante”, destacou ela ao elogiar as ações dos estados, em defesa do meio ambiente.

 

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