Quarta-feira, 11 de Junho de 2008, 14h:20 -
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Estados do Sul querem a inclusão de MS no BRDE
Da Redação
Os governadores do Paraná, Roberto Requião, e de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, querem a inclusão de Mato Grosso do Sul como sócio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para que o Estado possa receber investimentos do banco e irão levar a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É um absurdo que o Mato Grosso do Sul não possa ser sócio do BNDE. Hoje, o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande Sul se industrializaram fortemente graças a esse apoio financeiro do BRDE e nós queremos trazer benefício para o Mato Grosso do Sul”, explica o governador de Santa Catarina.
Em audiência com o presidente Lula, os estados do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) pedirão ao presidente que determine ao Banco Central, que autorize a inclusão de Mato Grosso do Sul no BRDE e também com “um braço” social. “Vai passar a ser BRDES e esse “S” significará também o sul do Mato Grosso integrado aos nossos estados”, afirma Luiz Henrique.
Para o governador do Paraná, o Banco Central está colocando obstáculos para a inclusão do Estado no banco. “Isso é um absurdo! Ao invés de guerra fiscal, estamos propondo que, de mãos dadas, viabilizemos o desenvolvimento de quatro estados. São alegações burocráticas, que devem ser superadas”, avalia Requião.
Segundo o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, o Estado se identifica e se integra cada vez mais com o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A ida dos governadores do Codesul ao presidente Lula, para que, politicamente, ele determine a inclusão de fato e de direito de Mato Grosso do Sul no BRDE, mostra a integração existente entre os estados”, ressalta.
De acordo com o diretor-presidente do BRDE, Renato Vianna, a diretoria do BRDE está fazendo um esforço extraordinário para integrar em suas operações, como braço financeiro, o Mato Grosso do Sul. “Através da agência de Curitiba, já temos analisadas e prontas para a liberação, algumas operações importantes na área de infraestrutura, na geração de energia limpa, que seria um investimento em Chapadão do Sul, na ordem de R$17,9milhões, numa hidrelétrica”, conta.
Renato Vianna explica que existem alguns obstáculos colocados pelo Banco Central, pelo fato do Mato Grosso do Sul não integrar a estrutura financeira do banco, que hoje é controlado pelos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, cada um com 33% do capital. “Estamos tentando contornar politicamente esses obstáculos. É nosso desejo aplicar no Mato Grosso do Sul”, finaliza. (Com Assessoria do Gov. MS)