O ex-governador André Puccinelli (PMDB) depôs na manhã desta sexta-feira (11), no Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Campo Grande. O depoimento faz parte das investigações da Operação Coffee Break que apura a suspeita de compra de votos na Câmara Municipal para cassação do prefeito Alcides Bernal.
O ex-chefe do Executivo estadual chegou, por volta das 9h, em seu Fiat Uno vermelho e se limitou a falar poucas palavras com a imprensa. Quando indagado sobre a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), Puccinelli foi claro: “não atuei nem para derrubar, nem para trazê-lo de volta".
Foram três horas no interior do Gaeco. Na saída, o ex-governador declarou que não ia comentar sobre o depoimento para não atrapalhar nas investigações, por orientação da própria corporação, e voltou a repetir que não teve envolvimento com a cassação de Bernal. Também frisou a sua ausência no caso do afastamento de Gilmar Olarte (PP).
Documentos
Arquivos desde 1997, ano em que Puccinelli assumiu a prefeitura da capital pela primeira vez, foram disponibilizados para investigação. Entre eles estão dados do sigilo bancário, fiscal, declaração anual do produtor e Imposto de Renda.
Entenda o caso
Em escutas telefônicas na Operação Lama Asfáltica, em julho deste ano, a Polícia Federal encontrou conversas de empresários que estariam supostamente descontentes com a gestão de Bernal. Por este motivo, os empresários teriam negociado a cassação do prefeito por meio da compra de voto de alguns vereadores.
O nome Coffee Break faz referência ao termo “cafezinho” usado pelos investigados como código, até então, para pagamento de propina.