A situação do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (Aquário do Pantanal), em Campo Grande, pode ser definida na próxima quinta-feira (8). Desde novembro de 2015, as obras estão paradas, faltando apenas 5% para concluir.
Iniciada em 2011, a construção foi marcada por denúncias de irregularidades, com as obras subempreitadas para a Proteco Construções, empresa investigada na operação Lama Asfáltica, que apura fraudes em contratos públicos. A detentora da licitação, a Egelte Engenharia, chegou ir à Justiça para impedir sua volta ao canteiro de obras.
A Egelte pediu R$ 39 milhões para concluir a obra, mas segundo o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), uma planilha de custos está sendo elaborada para avaliar quanto realmente é necessário. “Tenho certeza, que judicialmente vamos resolver esse impasse, retomar a obra e concluir”, ressaltou o governador.
Ao Capital News, o secretário de estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, lembrou que o governo e a Egelte já se reuniu para discutir a retomada das obras. “Até o dia 10 de março definimos a situação com a Egelte”, frisou.
Após avaliarem a situação da obra, a empresa pediu mais dinheiro para concluir e a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) avalia a situação. “É um levantamento que não reconhecemos como oficial e vamos atrás do levantamento da nossa equipe”, explicou Miglioli.
O estado espera que a obra seja concluída em breve, ainda sob a Egelte. “Trabalhamos com a hipótese da Egelte continuar. Entendemos que é a forma mais rápida para por um fim nesse assunto”, justificou o secretário.
Deurico/Capital News
Secretário de estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck
Quanto aos peixes que estavam no Aquário, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) assumiu a gestão dos animais em março de 2015, que já estão até se reproduzindo. “Conseguimos reter toda a mortalidade e a gente espera que, quando houver um cronograma pro Aquário, intensificar a questão. Nesse momento, estamos fazendo a manutenção”, lembrou ao Capital News o titular da pasta, Jaime Verruck.
“Não estamos adquirindo novas espécies, não estamos fazendo captura, apenas a manutenção”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente. Com a mortandade, o número de peixes é menor do que a capacidade e a secretaria pretende normalizar a situação com a proximidade da conclusão das obras. O último número divulgado era de sete mil peixes sob gestão da Semade.
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