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Política Domingo, 08 de Setembro de 2019, 09:57 - A | A

Domingo, 08 de Setembro de 2019, 09h:57 - A | A

Aprovado

Grupo de trabalho aprova aumento na pena de Armas de Fogo

Na reunião da última terça-feira (3), o grupo aprovou mudanças aceitas pelo relator

Adriana Ximenes
Capital News

Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Grupo de trabalho aprovou aumento de penas na Lei das Armas de Fogo

Capitão Augusto, relator do pacote anticrime

Câmara dos deputados federais, analisa mudanças na legislação penal e no Código de Processo Penal, acabou deixando para a próxima semana a votação dos pontos mais polêmicos da proposta, que tem origem em sugestões apresentadas pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, e pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Um dos pontos que precisam ser votados,  é o  relatório do deputado Capitão Augusto (PL-SP), que considera legítima defesa quando o policial previne agressão durante um conflito armado.

 

De contrapartida a oposição considera que o relatório, pode aumentar os casos de violência policial e propõe que legítima defesa seja considerada apenas nos casos em que há vítima mantida como refém. Anteriormente o grupo rejeitou outra mudança proposta pelo relator: a previsão de prisão dos réus condenados em segunda instância, mesmo quando há ainda possibilidade de recurso.

 

O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), autor da emenda que restringe os casos de legítima defesa alegados por policiais, chegou a pedir a substituição do relator.O senhor está dizendo que o senhor não é capaz de ser o relator de um relatório que não seja seu, que seja do grupo. Isso nos leva, evidentemente, a ter que tomar em breve a decisão de escolha de um outro relator, para um relatório que seja do grupo, que seja de consenso ou da votação”, disse.

 

O deputado Capitão Augusto respondeu que, mesmo sendo o relator do grupo, defende o texto original que apresentou. “Esse relatório que será aprovado nessa comissão não é o meu relatório. Se fosse a íntegra seria meu relatório. Eu nunca disse que seria favorável ao que está sendo aprovado neste grupo. Nunca, nunca. O que eu apresentei, aquele é o meu relatório. O que for retirado não é o meu relatório, é o relatório do grupo, e não vou assinar nada que não seja meu, do relatório”, observou.

 

Na reunião da última terça-feira (3), o grupo aprovou mudanças aceitas pelo relator, como regras mais claras para captação de provas e exames periciais e aumento de penas na Lei das Armas de Fogo se o autor for reincidente.

 

Para a próxima semana, a oposição quer alterar outros pontos do relatório. Um deles é a obrigatoriedade de coleta de material genético de condenado mesmo antes de a sentença transitada em julgado.Outro permite ao juiz não conceder liberdade provisória para acusados de integrar organizações criminosas, em caso de reincidência.

 

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