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Política Segunda-feira, 03 de Julho de 2017, 07:57 - A | A

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Agora vai

Integrante da “tropa de choque” do governo, Marun avaliará denúncia contra Temer na CCJ

Parlamentar é suplente do PMDB e votará na ausência de algum dos integrantes da CCJ

Maisse Cunha
Capital News

Nilson Bastian/Câmara dos Deputados

Em discurso, deputados de MS dizem que governo mente e impeachment não é golpe

Deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS)



O deputado federal Carlos Marun (PMDB), ferrenho defensor do Governo, será um dos responsáveis por avaliar a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB), na Comissão de Constituição, Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.


A CCJ, formada por 67 deputados titulares e outros 67 suplentes, vai emitir paracer sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer, e recomendará o prosseguimento da ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), ou até mesmo determinar o arquivamento da investigação.


Como a CCJ é composta, em sua maioria, por parlamentares da base aliada de Temer, já é esperado que a denúncia contra o presidente, acusado pela PGR de usar o cargo para obter benefícios ilícitos, seja arquivada pela Câmara.


Como a vaga é do partido, Marun vai substituir o deputado Valtenir Pereira, que trocou o PMDB pelo PSB, caso algum deputado da bancada do partido não compareça.


Marun é conhecido por defender publicamente vários caciques do partido envolvidos em esquemas de corrupção, como o ex-deputado, cassado, Eduardo Cunha, preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Cunha foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Denúncia
Temer foi denunciado pela PGR por suposta prática de crime de corrupção passiva. As denúncias foram baseadas na gravação de conversa entre o empresário Joesley Batista, dono da JBS, e o presidente, ocorrida em março deste ano.


No áudio, Joesley confessou que estava pagando propina ao ex-deputado federal, cassado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na cadeia. Mesmo com a confissão do crime de obstrução da Justiça, Temer nada fez e ainda disse, conforme demonstra a gravação, “tem que manter isso ai, viu”, supostamente dando aval para a continuidade do crime.

 

O ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), foi flagrado pela PF recebendo uma mala com R$500 mil do executivo da JBS Ricardo Saud. O dinheiro, segundo as autoridades, tinha o presidente como destinatário.

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