A JBS pediu mais 45 dias de prazo para entregar os documentos solicitados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o pagamento de propina por meio de notas frias em Mato Grosso do Sul.
A empresa alegou que, após a delação de seus donos, irmãos Joesley e Wesley Batista, vários órgãos da Justiça solicitaram um grande número de documentos.
De acordo com o relator da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR), “hoje terminaria o prazo e eles se manifestaram pedindo essa prorrogação, o que é legalmente aceito. Na próxima reunião da CPI, na quarta-feira, vou colocar isso em discussão e todos os membros decidirão sobre a prorrogação do prazo”, explicou.
Denúncia
Em delação premiada, firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os executivos da empresa denunciaram o pagamento de notas fiscais sem o devido fornecimento de bens ou serviços como contrapartida para conseguir as isenções junto ao governo do estado.
De acordo com os empresários, as notas, que somam valores superiores a R$45 milhões, seriam uma forma de acorbertar o pagamento de propina paga aos últimos três governadores de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).