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Política Terça-feira, 07 de Março de 2017, 16:57 - A | A

Terça-feira, 07 de Março de 2017, 16h:57 - A | A

Assembleia Legislativa

Lídio se vê “desprestigiado” após perder presidência da CCJ e vai reavaliar posição no governo

Deputado perdeu presidência da comissão mais importante da Assembleia Legislativa para Beto Pereira, do PSDB

Natália Moraes
Capital News

Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS

Impasse da CCJ deve ser resolvido na próxima semana

Lídio alega existência de um acordo com governo e com presidente do Legislativo para assumir comando da CCJR

O deputado Lídio Lopes (PEN) ficou “chateado” com o resultado da eleição para a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), mais importante da Assembleia Legislativa. Tendo como vice-presidente o deputado Pedro Kemp (PT), ele perdeu por três votos a dois para Beto Pereira (PSDB), com Renato Câmara (PMDB) na vice-presidência.


Lopes disse se sentir “traído”, pois alega a existência de um acordo para assumir o cargo. O trato teria sido firmado com o governo estadual e com o presidente da Casa de Leis, deputado Junior Mochi (PMDB) na época da eleição da Mesa Diretora. “O homem tem que ter palavra, prometer você não é obrigado, mas cumprir é”, disse.


Na visão do deputado, ele foi “desprestigiado” pelo governo mesmo sendo da base governista, além do próprio bloco que integra, o PMDB. Já Renato Câmara explica que votou na chapa de Beto Pereira por seguir uma orientação do próprio partido. “Houve um amadurecimento político dos debates e posições para que pudesse tomar a decisão em nome do bloco”.


O líder do bloco, deputado Eduardo Rocha (PMDB), disse que mesmo que Câmara não ficasse com a vice-presidência, ele não teria votado em Lídio Lopes. Isto devido à decisão do partido de apoiar o governo tucano.


Com a definição da CCJR, Lopes pretende reavaliar seu papel. “Passo a avaliar meu mandato, minha posição dentro do bloco, dentro das comissões, se realmente permaneço ou não, para que possa tomar uma decisão dentro da casa”, finaliza.


Eleições
Ainda segundo o parlamentar, as eleições municipais de Campo Grande e Dourados são resquícios para o resultado das eleições. Na época, o partido dele não apoiou candidatos do governo estadual na Capital e em Dourados.


Somente em Campo Grande, Adriane Lopes (PEN), vice-prefeita eleita na chapa de Marquinhos Trad (PSD), é casada com Lídio Lopes. Os dois desbancaram a candidata do PSDB, a vice-governadora Rose Modesto, que na época estava licenciada para disputar o pleito.

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