A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) acusou nesta quinta-feira o ex-governador André Puccinelli (PMDB) de usar de táticas de intimidação, para tentar abrandar os depoimentos que testemunhas convocadas pela força-tarefa da operação Lama Asfáltica estão dando aos promotores do caso.
Recentemente, Puccinelli ingressou na Justiça contra a vereadora por conta de depoimento que ela deu à força-tarefa acerca da operação. No depoimento, Luiza citou números sobre supostas irregularidades cometidas pela gestão do peemedebista à frente da prefeitura da Capital, na seara das obras de infraestrutura tocadas na malha viária da cidade.
Entre essas obras estariam serviços de tapa-buracos e recuperação asfáltica. Tais obras passaram a ser investigadas pelos promotores da operação, que suspeitam de desvio de recursos direcionados aos referidos projetos.
A vereadora socialista negou que tenha se apresentado aos promotores da Força-Tarefa como voluntária para falar sobre o suposto envolvimento de Puccinelli no desvio de verbas direcionadas às obras da malha viária.
Convocação
Ela disse ao site Capital News que foi convocada para falar aos promotores como testemunha e na ocasião apenas elencou números de distorções que remeteriam para a culpabilidade de Puccinelli no tocante às obras da malha viária.
“Em nenhum momento eu tive a intenção de ofender o ex-governador, a sua honra. Apenas repassei aos promotores números de um estudo que fiz acerca das distorções verificadas nas obras da malha viária. E esses números, inegavelmente, associam as distorções à época em que Puccinelli administrou a Capital”, contou a vereadora.
A vereadora avalia que ou Puccinelli foi ingênuo ou agiu com conivência nos problemas verificados nos investimentos supostamente maquiados envolvendo a malha viária e que acabaram desaguando na Operação Lama Asfáltica.
Luiza assinalou que a ação criminal movida contra ela pelo ex-governador não a intimida. Falou que, como homem público, Puccinelli deveria acatar manifestações de cobrança acerca de seu comportamento no trato com o dinheiro público. “Como homem público ele deve saber que cobranças do gênero são normais, fazem parte da democracia,” observou a vereadora.