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Política Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008, 08:11 - A | A

Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008, 08h:11 - A | A

Marisa defende intervenção diplomática para fim do embargo

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A senadora Marisa Serrano (PSDB) participa nesta quarta-feira (13), de audiência pública, na qual discutirá uma saída para o embargo da carne brasileira pela UE (União Européia).

Requerida pelo senador Neuto de Conto (PMDB/SC), presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, a audiência ocorrerá às 10h, no Anexo II do Senado, em Brasília,

Devem participar do encontro o ministro Reinhold Stephanes (da Agricultura, Pecuária e Abastecimento); o presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Fábio de Salles Meirelles; o secretário de Agricultura do estado de Minas Gerais, Gilvan Rodrigues, que representará os colegas de pasta de outros estados brasileiros, além de um representante da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

Ontem a tarde, Marisa reuniu-se com a diretoria da Famasul (Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) com objetivo de buscar subsídios para representar Mato Grosso do Sul na audiência pública em que será analisado e discutido o embargo da União Européia (UE) à importação de carne bovina brasileira.

"Achei importante ouvir as lideranças de Mato Grosso do Sul no que se refere à recente decisão da UE de suspender a importação de carne brasileira, para colaborar de maneira mais eficiente possível na resolução da situação, estando atenta para representar e defender os interesses do estado”, afirmou a senadora.

Além de todos os integrantes da diretoria da Famasul estiveram presentes à reunião, a superintendente do SENAR AR/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional de Mato Grosso do Sul), Maria Anita Medeiros, os presidentes do Sindicato Rural de Campo Grande, José Lemos Monteiro, da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) Laucídio Coelho Neto, da Câmara Setorial de Bovinocultura e Bubalinocultura de MS, Alexandre Scaff Raffe, entre outros participantes.

Para o presidente da Famasul, Ademar Silva Júnior, “esse impasse demanda duas resoluções: uma referente aos aspectos técnicos da questão, que têm a ver com o sistema de rastreabilidade em vigor no país, e outra, relativa aos aspectos econômicos e comerciais da importação de carne pelo bloco europeu, os quais, ao que tudo indica, são os de maior peso”, analisou o presidente.

Para o presidente da Acrissul é importante que essa situação seja resolvida em definitivo “ou corremos o risco de ter a nossa comercialização prejudicada em outros mercados importantes como a Rússia, a China”, citou Laucídio Coelho.

Outro ponto discutido durante a reunião e que deve ser levado para a audiência pública foi o fato de que apenas 300 propriedades – das mais de 10 mil fazendas em todo o Brasil – que aderiram ao ERAS (Estabelecimento Rural Aprovado pelo SISBOV), faziam parte da lista apresentada pela Comissão da EU, como sendo propriedades aptas a exportar, e que acabou sendo apontada como causa para o referido embargo.

Para o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, “esse numero limitado de propriedades é apenas um ‘artifício’ para justificar um possível embargo definitivo ao produto brasileiro, porque é evidente que a produção desses estabelecimentos nunca será suficiente para atender a demanda da EU”, analisou José Lemos Monteiro.

Após ouvir as opiniões dos diversos participantes a senadora Marisa Serrano afirmou que se posicionará favoravelmente a uma intervenção diplomática para solucionar o problema, e se dispôs a discutir essa questão, em especial, com o ministro Stephanes.

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