Agência Brasil/Arquivo
Ministro Carlos Marun
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, usou seu perfil na rede social Facebook para anunciar o fim dos bloqueios realizados pelos caminhoneiros em todo o Brasil. Em vídeo, postado no início da noite desta quinta-feira (31), Marun afirmou que foi preciso usar a força, em alguns casos, mas jamais houve violência, por parte das autoridades, contra o movimento. “A violência, quem usou, foram os agitadores infiltrados”, afirmou o ministro.
O titular a Secretaria de Governo citou ainda “atos de terrorismo” em “duas ferrovias que tiveram trilhos cortados” – uma em Mato Grosso do Sul e outra em Bauru (SP) –, e concluiu pedindo que “a paz seja o sentimento de todos neste encerramento do dia de Corpus Christi”.
Antes de encerrar sua mensagem, Marun ainda comentou a Operação Caiçara, como foi batizada a ocupação dos principais acessos ao cais do Porto de Santos (SP) pelas Forças Armadas.
Caminhoneiros autônomos concentrados há 11 dias na área da Alemoa, um dos principais acessos ao porto, no litoral paulista, decidiram encerrar a paralisação após assembleia na noite desta quinta-feira. A decisão foi tomada depois de o comando da Operação anunciar que a ação será mantida por tempo indeterminado.
Representantes de três associações de caminhoneiros autônomos saíram da capital paulista, após audiência com o governador Márcio França (PSB), e se encontraram com o grupo reunido em Santos. Após conversa com os manifestantes, foi decretado o fim da greve e o retorno ao trabalho a partir da 0h desta sexta-feira (1º), informou o jornal O Globo.
Empresário preso
Outro fato ressaltado pelo ministro Marun foi a primeira prisão por locaute — boicote empresarial — durante a greve dos caminhoneiros. A Polícia Federal (PF) prendeu no Rio Grande do Sul um empresário da área de transportes que teria ajudado de forma ativa a organizar a paralisação de motoristas de caminhão que completou 11 dias ontem (31). De acordo com as informações do jornal Zero Hora, a PFl não divulgou o nome do empresário nem da empresa que ele dirige.
O transportador teria papel decisivo em bloqueios de caminhões realizados na RS-122, na RS-452 e na BR-116, na região dos municípios de Bom Princípio, Feliz e Vila Cristina.
Mais de 60 policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão na sede da empresa, em Caxias do Sul, e em postos de combustíveis e imóveis de Vale Real. O empresário foi preso em um condomínio de luxo em Xangri-lá, ainda segundo o Zero Hora.
