O governador André Puccinelli ouviu da ministra Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão) a garantia da viabilização de cerca de R$ 15 milhões, na próxima semana, para a pavimentação de 14 quilômetros da MS-178, que liga dois paraísos turísticos: Bonito e Bodoquena. A reunião foi realizada no final da tarde de ontem, em Brasília (DF).
“A ministra determinou a reprogramação dos últimos recursos da Rodovia Bonito-Bodoquena que por falta deste procedimento estão parados. Ela (Miriam Belchior) acha que segunda-feira a reprogramação estará liberada e nós poderemos dar continuidade às obras da rodovia”, disse o governador à assessoria do deputado federal Giroto (PMDB), que participou do encontro.
Giroto explicou que a reprogramação consiste em acatar algumas modificações necessárias à execução da obra, mas que somente foram constatadas durante os trabalhos. “Corremos o risco de perdermos parte dos trabalhos já realizados, isso, na prática, representa custos maiores e desperdício de recursos públicos”, disse.
A pavimentação dos 69 quilômetros da MS-178 começou em 2008. A obra é executada em parceria com o Ministério do Turismo, ao custo de cerca de R$ 50 milhões - R$ 30 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), dentro do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), e R$ 20 milhões de contrapartida.
Na reunião, Puccinelli solicitou a inclusão de duas rodovias e duas ferrovias no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Também foi reforçado o pedido para que a BR-163 seja delegada ao Governo de Mato Grosso do Sul.
O governador explicou quais são as obras consideradas importantes na sua gestão, citando a necessidade de conclusão da BR-359, da Rodovia Bonito-Bodoquena e da Sul-Fronteira (MS-165, que precisa de R$ 37 milhões).
Também enfatizou a importância da construção e pavimentação da BR-419, em uma extensão de 279 quilômetros, entre os entroncamentos da BR-163 (Rio Verde) e BR-262 (Aquidauana), com custo estimado de R$ 350 milhões. O governador pediu que esta obra e a pavimentação da Sul-Fronteira sejam incluídas no PAC.
Sobre os trilhos
Outro tema tratado no encontro foi a malha ferroviária sul-mato-grossense. “Pedimos a inclusão no PAC de duas ferrovias em estudo. A que liga Maracaju, Dourados, Mundo Novo até Cascavel, no Estado do Paraná; e a EF-267 (Estrada de Ferro) Pantanal, entrando por Aparecida do Taboado, descendo por Três Lagoas, passando por Dourados, até Porto Murtinho”, disse Puccinelli. A primeira terá cerca de 350 quilômetros de extensão, já a EF-267 terá cerca de 750 quilômetros.
O objetivo é para reduzir custos com frete e garantir que o Estado tenha condições de escoar sua produção para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Hoje, há estudos para que a Ferrovia Norte-Sul cruze o estado de São Paulo, em sentido paralelo à fronteira com Mato Grosso do Sul. A proposta defendida por Mato Grosso do Sul é que a linha férrea – a partir do município de Estrela D’Oeste, no estado de São Paulo – entre em Mato Grosso do Sul, por Aparecida do Taboado, cruze as regiões Nordeste e Leste do Estado (a denominação nesse trecho passa ser EF-267 Pantanal), para interligar com o sistema ferroviário dos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, pela Ferroeste.