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Política Sábado, 17 de Outubro de 2020, 09:54 - A | A

Sábado, 17 de Outubro de 2020, 09h:54 - A | A

Justiça

Ministro pede que plenário do STF decida sobre afastamento de senador

Chico Rodrigues foi alvo de operação sobre desvio de recursos públicos

Laryssa Maier
Capital News

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

STF

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Nesta sexta-feira o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, que o afastamento do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) seja julgado na próxima semana pelo plenário.

 

Ontem (15), em decisão individual, Barroso afastou o parlamentar do cargo por 90 dias para não atrapalhar as investigações da Polícia Federal (PF).

 

Barroso entende que sua decisão não exige ratificação pelo colegiado, mas prefere que o caso seja analisado definitivamente pelos demais ministros. Na condição de presidente do STF, cabe ao ministro Luiz Fux pautar o processo para julgamento. 

 

Na quarta-feira (14), Chico Rodrigues foi alvo da Operação Desvid-19, que investiga supostos desvios de aproximadamente R$ 20 milhões em recursos públicos provenientes de emendas parlamentares que seriam destinados à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate à pandemia de covid-19. Rodrigues foi um dos alvos da ação e, durante as buscas e apreensões em Boa Vista, os agentes encontraram maços de dinheiro na roupa íntima do parlamentar. 

 

De acordo com o ministro, o afastamento do cargo é necessário para evitar que o parlamentar use o cargo para dificultar as investigações. “O afastamento de parlamentar do cargo é medida absolutamente excepcional, por representar restrição ao princípio democrático. No entanto, tal providência se justifica quando há graves indícios de que a posição de poder e prestígio de que desfruta o congressista é utilizada contra os interesses da própria sociedade que o elegeu. Não podemos enxergar essas ações como aceitáveis. Precisamos continuar no esforço de desnaturalização das coisas erradas no Brasil”, disse Barroso. 

 

Segundo a Agência Braisl, ontem, em nota na qual pediu afastamento da vice-liderança do governo na Casa, o senador declarou que tudo será esclarecido e que não tem nada a ver com “qualquer ato ilícito de qualquer natureza". 

 

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