O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado federal, senador Nelsinho Trad (PSD/MS), defendeu em reunião virtual da mesa diretora do Parlasul (Parlamento do Mercosul), a realização de seminário sobre os corredores bioceânicos. A proposta foi aceita e o encontro virtual sobre o assunto será entre os próximos dias 15 e 20 de agosto.
Essa discussão poderá contribuir para os incentivos ao projeto da Rota Bioceânica e vai trazer novidades sobre o andamento das obras. “De maneira muito salutar, o presidente do Parlasul, Oscar Laborde, considerou importante atualizar os membros sobre o corredor bioceânico que vai envolver a economia de vários países”, comentou o senador Nelsinho Trad.
Com o novo corredor bioceânico, haverá redução no valor do transporte de mercadorias brasileiras ao mercado asiático. O trajeto vai passar pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, interligando oceanos Atlântico e Pacífico, e encurtando em 7.200 km marítimos de distância.
O traçado, conforme explicação do senador Nelsinho Trad, tem início em Porto Murtinho e segue até o porto de Antofagasta, no Chile, passando por Mato Grosso do Sul, norte do Paraguai e da Argentina. “Essa nova alternativa vai gerar oportunidades econômicas para Mato Grosso do Sul. “Os produtos chilenos, argentinos e paraguaios passarão a ingressar no Brasil por Porto Murtinho, Corumbá e Ponta Porã. Os produtos da região chegarão aos mercados mais distantes a preços mais competitivos”, explica.
Assim que a rota estiver em operação, a carga de Mato Grosso do Sul será levada à Antofagasta (Chile) em dois ou três dias. Depois, o produto poderá ter como destino à Ásia. “Evita-se o congestionamento dos portos de Santos e Paranaguá e passagem pelo Estreito de Magalhães, que é perigoso, ou Canal do Panamá que é caro. A viagem entre Antofagasta e Xangai dura 35 dias, enquanto o deslocamento de Santos a Xangai consome 49 dias, economizam-se 14 dias”, informou o senador Nelsinho Trad.