O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho confirmou na manhã desta segunda-feira (26), o que o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, já havia apontado na sexta-feira, que hoje iria definir em reunião, a prorrogação de contrato com a Flexpark, que controla o serviço de estacionamento público na região central da Capital. Trad disse que se reunirá com Rudel para analisar o total da proposta da empresa e ver se atenderam suas exigências.
O chefe do executivo não quis entrar em detalhes, mas disse que quer ver “as contrapartidas”, ao ser questionado pelo Capital News do porque não assinar o documento, que já foi aprovado por sua equipe e com seu aval pela prorrogação. Mas que vem sofrendo grandes resistências e manifestações em contrario da população e da Câmara de vereadores. O contrato final, até foi anunciado na sexta-feira pela Agetran, mas foi “barrado” pelo prefeito, que alegou que quem decidi é ele. “Quem decidi é o prefeito e vou ver isso na próxima semana”, disse.
Hoje, Trad afirmou que deve definir a questão. “Vou me reunir no fim da tarde de hoje com o Rudel e ver se há no contrato ou quais as contrapartidas que consta e se consta o que solicitamos mudar. Vamos ver se a Flexpark vai atender, eles estão no direito deles também. E tudo que já pedimos deve atender a cidade”, declarou.
“Já está praticamente certo”, afirmou o diretor-presidente da Agetran na sexta-feira, que após teve que se “corrigir” e dizer que seria na segunda-feira a reunião com o prefeito para definir.
O Prefeito Nelson Trad Filho, disse que quer ver “as contrapartidas” da Flexpark antes da renovação do contrato.
Foto: Minamar Junior/Capital News
Menos trabalho a ser feito
Para Rudel a prefeitura tinha duas opções: renovar o contrato ou abrir uma nova licitação. Onde assim informaram o prefeito que não há impedimento legal para a renovação por mais dez anos. Há possibilidade de abrir uma nova licitação. Mas por que fazer uma licitação se está pronto?”, questiona.
O diretor diz que a abertura de um processo de licitação pode ser mais trabalhoso e complicado. Outro fato que pesa a favor da Flexpark é o repasse à prefeitura de 28% do total arrecadado. Por mês, a empresa obtém R$ 220 mil.
Ele avalia que o sistema de gerenciamento de vagas do parquímetro é “muito bom”. Atualmente na Capital, 300 mil usuários utilizam os serviços do estacionamento eletrônico que disponibiliza 2.300 vagas e emprega 55 funcionários. O valor cobrado pelo serviço é de R$ 1,50 por hora estacionada, mas o usuário paga só os minutos que utilizar.
Segurança insegura
O contrato com a Flexpark vence neste mês, mas o prazo legal termina em abril. Quanto ao prazo de dez anos, o prefeito explica que as empresas devem ter segurança para investir. “É o que a lei manda. O cara que vai fazer o investimento precisa ter retorno”, explica.
A tendência é renovar o contrato com a Flexpark, mas vereadores já se manifestaram que irão recorrer ao Poder Judiciário para barrar a renovação, devido as irregularidades cometidas anteriormente e que não concordam com a extensão de mais uma década para a mesma empresa.
Horlando P. de Mattos 26/03/2012
Todo monopolio é nocivo assim como toda ditadura é maldita. Nesse caso em especial tem ambos. O povo é quem paga e alguem lucra muito com nosso dinheiro e a cidade só perde. Nenhum investimento é feito por essa empresa, só suga e nada mais.
1 comentários