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Política Sábado, 10 de Dezembro de 2016, 09:42 - A | A

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NÃO SOBROU NINGUÉM

Odebrecht cita Temer, Renan, Maia, Delcídio e mais 19 políticos

Paulo Fernandes
Capital News

Rovena Rosa/Agência Brasil

Em São Paulo, Polícia Federal chega a construtora Odebrecht na 23ª fase da Operação Lava Jato

Em São Paulo, Polícia Federal chega a construtora Odebrecht na 23ª fase da Operação Lava Jato

O ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, ampliou ainda mais o leque de políticos investigados pela Lava Jato. A Odebrecht alega em sua delação premiada que fez pagamentos a diversos parlamentares para que cuidassem de seus interesses no Congresso. Entre os nomes citados estão o do presidente Michel Temer, dos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o sul-mato-grossense Delcídio Amaral (ex-PT).

 

De acordo com o site BuzzFed, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) foram apontados pelo delator como os principais articuladores dos interesses da empreiteira na Casa. O site divulgou os nomes citados e os apelidos com que eles apareciam nas planilhas na empresa.

 

O ex-senador Delcídio do Amaral aparecia com o codinome Ferrari. Após a aprovação de um projeto no Senado sobre alíquotas de ICMS, ele reclamou com a Odebrecht que estava recebendo pouca atenção da empresa. Na delação consta que, após a reclamação, ele levou R$ 500 mil.

 

Outros nomes citados são do ex-ministro Geddel Viera Lima (PMDB-BA) e do irmão dele, deputado Lúcio Viera Lima (PMDB-BA). O deputado, de acordo com a delação, recebeu entre R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão para não atrapalhar a aprovação de uma medida provisória de interessa da Odebrecht.
Nas planilhas da Odebrecht, aparecem ainda apelidos que se referem, segundo o delator, ao ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS) e a Moreira Franco (PMDB-RJ).

 

A lista não para aí. Tem ainda o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria recebido R$ 7 milhões da empreiteira. Outor nome de destaque é o do ex-governador da Bahia Jacques Wagner (PT-BA).

 

Segundo a denúncia, ele teria recebido um relógio Hublot modelo Oscar Niemeyer que custa cerca de R$ 80 mil, e foi beneficiado com diversos pagamentos. Somente em 2010 o delator diz que lhe foram destinados cerca de R$ 9,5 milhões.

 

Foram citados também Anderson Dornelles, um dos mais fiéis assessores de Dilma Rousseff, o ex-senador preso Gim Argello e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), este último beneficiado com R$ 1,6 milhão.

 

E continua. O senador José Agripino Maia (DEM-RN) aparece como sendo o beneficiário de R$ 1 milhão que lhe teriam sido destinados pela Odebrecht após pedidos de Aécio Neves.


O ex-deputado federal Inaldo Leitão, teria recebido R$ 100 mil. O prefeito eleito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB-SP), também é citado, além de Antonio Brito, Paes Landim, do senador Arthur Virgílio, José Carlos Aleluia, Lídice da Mata e Francisco Dornelles.

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