Na segunda-feira, 20 de julho, a Funai (Fundação Nacional do Índio) deve recomeçar os estudos sobre a demarcação de terras em Mato Grosso do Sul. Todavia, para o governador André Puccinelli, a equipe da instituição federal pode nem vir para cá nesta data.
A desconfiança, segundo ele, é porque ninguém entrou em contato com o governo. “Vou reclamar e chiar”, diz, perguntado sobre sua atitude caso os projetos da Funai não sejam repassados à sua administração.
Para André, "continua a incógnita" sobre os trabalhos da Funai. “Nem eu nem os produtores recebemos qualquer informação ou projeto ainda”, afirma André durante evento neste sábado, 18 de julho, no Horto Florestal, na Capital.
“Dia 20 que ia começar, não é? Dia 20 é segunda, não é? Então, como não me ligaram, não sei se começa nesta segunda”, ressalta o governador.
Para o presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior, por enquanto, os trabalhos devem se limitar às aldeias. A entidade acredita nisso porque, por ordem da Justiça, os produtores devem ser notificados antes de terem as terras vistoriadas.
A Famasul chegou a afirmar, na semana passada, que quer que as promessas da Funai de indenização após a terra crua seja feita de forma documentada.
Está marcada uma reunião entre produtores rurais da região de Dourados, a partir das 18h de terça-feira, 21 de julho.
Os estudos da Funai visam terras do sul do Estado que seriam, segundo a instituição, dos índios Guarani Kaoiwá e Guarani Ñandeva. São englobados 26 municípios sul-mato-grossenses.
