Sábado, 04 de Maio de 2024


Política Quarta-feira, 13 de Maio de 2009, 16:53 - A | A

Quarta-feira, 13 de Maio de 2009, 16h:53 - A | A

Policiais civis param manifestações mas não aceitam proposta do governo

Reginaldo Rizzo - Redação Capital News

Ao contrário do que o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Paulo Carvalho, havia dito na semana passada, quando declarou que após assembléia geral às 10h desta quarta-feira, 13, a categoria deveria deliberar uma greve generalizada, os profissionais chegaram ao acordo de parar qualquer tipo de manifestação.

Outros dois pontos que foram decididos nesta manhã é que a categoria não vai aceitar a proposta do governo e que após a aprovação do reajuste na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, assim que a correção entrar na folha de pagamento do mês de junho, os profissionais vão entrar na justiça pedindo os 10% de reajuste restante, conforme a reivindicação.

O governador André Puccinelli afirmou, durante evento no Detran nesta manhã, que teria mostrado ao policiais civis os documentos comprovando o acordo feito em 2006, onde ele criaria a 4ª classe de investigadores substitutos e que, segundo ele, haveria uma diferença de 20% de um cargo para o outro.

Respondendo ao CapitalNews sobre a declaração do governador, o presidente do Sinpol informou que André havia se pronunciado de forma equivocada. “Ele faltou com a verdade então, pois, neste ano, não nos procurou nenhuma vez para sentar e conversar. Ele apenas impôs por goela abaixo e pronto.”-afirmou Carvalho.

A reivindicação dos policiais civis é de que além do reajuste linear de 6% fosse dado os 20%, para a quarta classe, Agente de Polícia Judiciária (Escrivão e Investigador), Perito Papiloscopista e Agente de Polícia Científica, como foi acordado em 2006, e também a criação da 4º classe de investigador substituto. Já o governo afirma que o acordo diz que os 20% que eles reivindicam seria, de acordo com compromisso, a diferença entre de uma classe e outra. A proposta do governo é criar a 4ª classe e oferecer um reajuste de 16%.

A briga

O governador André Puccineli, após evento no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) realizado na manhã desta quarta-feira, 13, disse que não quer comentar sobre a declaração que fez em Nova Andradina, dia 11, onde ele teria chamado de vagabundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Paulo Carvalho.

Após a declaração do governador, Paulo Carvalho afirmou que iria processá-lo por danos morais e injúria e confirmou nesta tarde ao CapitalNews, que irá protocolizar mesmo os processos. Questionado sobre os processos, André se resumiu a dizer que este é um direito dele. “Ele como todo cidadão, que se sinta injustiçado tem direito a recorrer à Justiça. Eu mesmo já entrei com várias ações quando me senti lesado.”- afirma o governador.
 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS