A nova ponte que está em estudo para ser construída na BR-376, entre os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, deverá reduzir distâncias e facilitar exportações. A afirmação é do Governador Reinaldo Azambuja que nesta segunda-feira (31) assinou convênio com o governador do estado vizinho Ratinho Junior.
A ponte será construída no ponto da balsa, conhecido como Porto São João, e vai ligar Bataguassu a São Pedro do Paraná, encurtando em mais de 100 quilômetros a viagem rumo ao porto de Paranaguá. A primeira etapa da construção é o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), cujo convênio foi fechado ontem, com objetivo de identificar os impactos sobre o Rio Paraná e o desenvolvimento regional. Ele vai custar R$ 3 milhões que serão pagos pela Itaipu, segundo o Governo de MS.
Na solenidade, Reinaldo Azambuja afirmou que o novo trajeto vai “encurtar distância” entre regiões produtivas e integrar os dois estados. “Os estados que mais crescem são os que têm base econômica ligada ao agronegócio, a agroindústria e principalmente a produção primária. Isso tem demandado exportação e uma logística melhor. Essa ligação Porto São José com Mato Grosso do Sul encurta caminho, abre uma nova fronteira de desenvolvimento e integra os nossos estados. Vamos ter uma integração maior”, disse.
O governador sul-mato-grossense também destacou o papel da Itaipu e explicou a importância do estudo de viabilidade. “A Itaipu foi muito parceira pagando o EVTEA, que é o que norteia apontando menor impacto ambiental, traçado, menor custo da obra e com isso dá desenvolvimento maior para a nossa região, tanto de Paraná quanto Mato Grosso do Sul”.
Ele falou ainda que a obra vai ao encontro do projeto da Rota Bioceânica. “O The Economist publicou recentemente uma matéria interessante, que a nova Rota Bioceânica será o novo Canal do Panamá. O que eles estão visando? Que nós vamos ter uma saída do Brasil que vai envolver Centro Oeste, Sul, Sudeste, das riquezas produzidas, encurtando distâncias. E essa obra, essa ponte, vai encurtar distâncias. Era um sonho integrar aquela região Nova Londrina, Porto São José, que é uma região muito produtiva”, resumiu. A reportagem publicada no jornal inglês fala sobre os investimentos no corredor logístico e os impactos econômicos, sociais e ambientais, principalmente na região do Chaco paraguaio.
Segundo o governador do Paraná Ratinho Junior, cerca de 3,5 milhões de caminhões devem passar pelo trajeto anualmente. O que representa ransformação à logística de ambos os estados. “Tudo isso está sendo construído a quatro mãos, com o governador Reinaldo Azambuja junto com o nosso time e também com a Itaipu, que é essa gigante de geração de energia do planeta, mas que também tem a responsabilidade social no seu DNA”, declarou.
Ainda de acordo com o Governo de MS, a construção da conexão atende pedido antigo da Socipar (Sociedade Civil Organizada do Paraná), que reúne cerca de 200 empresários. “É um trabalho de 10 anos, sendo que, dois anos atrás tivemos uma reunião com o presidente Bolsonaro e, depois, com o governador Reinaldo Azambuja, explicando a importância da ponte para escoar a produção de grãos de Mato Grosso do Sul e do Centro Oeste e também para impulsionar o turismo nos dois estados”, explicou o presidente da Socipar, Demerval Silvestre.