Após polêmicas em torno do projeto de lei que prevê a implementação do Passaporte de Vacina em Campo Grande, o prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), declarou que irá aguardar a tramitação da proposta e fará uma consulta pública para avaliar a viabilidade do projeto.
Durante a cerimônia de inauguração da Gerência de Pronta Intervenção (GPI) da Guarda Civil Municipal, o prefeito destacou que está analisando a medida. “Estamos aguardando a decisão dos projetos de lei que tramitam na Câmara para análise jurídica, constitucional e social. Vou consultar a ciência e ouvir a população”, explicou Trad.
O tema foi debatido na última segunda-feira (27), em Audiência Publica da Câmara Municipal, a discussão contou com representantes do âmbito municipal e estadual, mas precisou ser encerrada após os ânimos se exaltarem.
Na ocasião, o Secretário Estadual de Saúde (SES), Geraldo Resende, chamou os manifestantes anti-vacina de Fascistas, fala que gerou repercussão nacional. “Muitas vidas foram salvas, inclusive daqueles que querem interditar o debate, aqueles que pedem liberdade, são os mesmos que pedem para interditar o STF, que pedem intervenção militar, jogam no ralo todo os esforços e trabalho feito por minha geração. Se depender de mim essas pessoas não passarão”, declarou Resende.
O projeto, de autoria da bancada do PT na Câmara, vereadores Ayrton Araújo e Camila Jara, prevê a promoção de ações que visam ampliar a cobertura vacinal e a implementação do Passaporte da Vacina em todo o município. Se aprovado, o passaporte seria utilizado para ingresso nos estabelecimentos públicos municipais ou conveniados de creches e ensino fundamental, de pais, professores, funcionários e de prestadores de serviço; ingresso em espetáculos artísticos, culturais e esportivos realizados na Capital, incluindo os de iniciativa privada e obtenção de documentos públicos municipais.