O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) vai se licenciar por 15 dias do Senado. Foi apresentado um atestado médico na terça-feira (23), a contar de segunda-feira (22), para que ele passe por exames médicos. Caso não peça a prorrogação da licença, o petista pode voltar em 8 de março.
A aguardada volta de Delcídio ao Senado, preso por 87 dias suspeito de atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, estava sendo especulada para esta semana. Porém, os advogados do parlamentar querem ainda esclarecer algumas exigências feitas pelo minsitro Teori Zavaski para que ele pudesse trabalhar durante o dia.
Delcídio do Amaral era líder do governo no Senado e considerado um dos senadores mais influentes da Casa quando foi preso, em 25 de novembro de 2015, acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O senador ofereceu dinheiro e um plano de fuga para ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público. A oferta foi gravada pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, que entregou o áudio ao MP.
Na conversa gravada, Delcídio faz menção a alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, com os quais ele garantia conseguir um habeas corpus para que Nestor Cerveró pudesse deixar a prisão e fugir do país, em um plano providenciado pelo próprio senador. Além de Delcídio, foram presos o advogado do ex-diretor da Petrobras, Edson Ribeiro, e o chefe de gabinete do Senador, Diogo Ferreira, que participaram das negociações.
*Com informações da Agência Brasil