Campo Grande Quinta-feira, 02 de Maio de 2024


Política Sábado, 12 de Março de 2016, 09:12 - A | A

Sábado, 12 de Março de 2016, 09h:12 - A | A

Processo mantido

Processo de impeachment terá continuidade na Câmara, diz Cunha

Presidente da Casa assinala que espera a resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) aos recursos sobre o rito do processo, que deve sair na quarta-feira

Gilmar Lisboa
Capital News

Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Ministro do STF autoriza quebra de sigilos fiscal e bancário de Cunha

Eduardo Cunha: processo contra Dilma vai continuar na Câmara Federal

A Câmara dos Deputados vai dar continuidade à instalação da comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na próxima quinta-feira (17). A informação é do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), inimigo declarado de Dilma e ao qual compete tocar o processo de impeachment.


A ideia, segundo Cunha, é esperar a resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) aos recursos sobre o rito do processo, que deve sair na quarta-feira (16).


O processo, segundo a Agência Brasil, está parado depois que ministros do STF anularam a eleição de uma chapa alternativa para a comissão. A chapa não foi indicada por líderes da Câmara.


“O processo volta ao curso da continuidade. Se respeitar todo o cronograma que se tem estipulado na lei e no Regimento [Interno], começando na quinta, é possível [votar em 45 dias]. Depende de outros fatores, como obstrução, recursos à Justiça. Mas se seguir o rito: instalar comissão, prazo de defesa, prazo para plenário, 45 dias é o prazo razoável”, disse Cunha |à Agência Brasil.


A reportagem lembra que esta semana, ministros da Corte confirmaram que vão julgar no dia 16 o recurso que pede a mudança do julgamento sobre as regras de tramitação do processo de impeachment, definidas em dezembro do ano passado. Cunha defende votação aberta para eleição da comissão e a obrigatoriedade do Senado dar prosseguimento ao processo iniciado na Câmara.


Prisão de Lula
Segundo a Agência Brasil, perguntado sobre o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentando pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Eduardo Cunha disse que não leu a peça elaborada pelos promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Moraes de Araújo.


“Aparentemente, sem eu ler, parece um pouco exagerada a medida. Tudo o que é exagerado não é bom. Tudo tem seu ritmo e deve sempre respeitar a legalidade, mas eu não li”, disse. Apesar disto, o peemedebista disse que não acredita que o anúncio sobre o pedido de prisão possa acirrar os ânimos durante as manifestações pró-impeachment, que ocorrerão neste domingo (11), informa a reportagem.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS