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Política Quinta-feira, 01 de Outubro de 2015, 12:34 - A | A

Quinta-feira, 01 de Outubro de 2015, 12h:34 - A | A

Coffee Break

Promotor do Gaeco não descarta agora pedir prisão preventiva de Olarte e Amorim

Segundo Marcos Alex Vera, o vazamento de informações será investigado e prejudicou as investigações. Caso Olarte e Amorim não se apresentem será feito pedido de prisão por tempo indeterminado

Alberto Gonçalves
Capital News

Deurico/Capital News

Promotor do Gaeco não descarta agora pedir prisão preventiva de Olarte e Amorim

Promotor Marcos Alex Vera, do Gaeco, explica pedido de prisão de Olarte e Amorim

O promotor do Ministério Público, que coordena a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a qual investiga a compra de votos na cassação do prefeito Alcides Bernal, Marcos Alex Vera, declarou que as investigações estão complicadas no caso, após o vazamento de informações de correm sob segredo de Justiça.

 

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Marcos Alex achou estranho que muitos envolvidos colocaram à disposição seu sigilo bancário na sexta-feira (25), dando assim “clara mostra de que tinham conhecimento prévio do pedido judicial de prisão temporária e também do afastamento de vereadores. Esse fato causou prejuízo que termos de recalcular, mas continuamos na tentativa de concluir o procedimento até o final deste mês de outubro. Entendemos que existe um clamor social que quer ver a resposta rápida”, declarou em tom de desabafo.


Para o promotor, o fato de Olarte e Amorim não terem sido encontrados pelos Oficiais de Justiça, mostra claramente que o vazamento de informações prejudicou sensivelmente a investigação. Diante do acontecimento, e por serem considerados foragidos, Marcos Alex informou que deverá ser feito o pedido de prisão preventiva, ou seja, sem tempo determinado, como no caso de temporária que é de cinco dias. Isso porque os advogados estão cientes da determinação da prisão temporária e caso os envolvidos não se apresentem será feito então o pedido da preventiva.

Deurico/Capital News

Promotor do Gaeco não descarta agora pedir prisão preventiva de Olarte e Amorim

 

O promotor Marcos Alex se pronunciou sobre o fato ao chegar no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), onde foi buscar os laudos referentes ao exame de 20 celulares de pessoas físicas e mais três de empresas, que fazem parte da Operação Coffee Break. Marcos Alex disse ainda que existem comprovação que no decorrer desse período, algumas pessoas, que ele não citou nomes, teriam adquiridos veículos e comprado gado, com pagamentos feitos em espécie. Diante dessa situação já foi solicitado à Receita Federal e também ao Banco Central a quebra de sigilo fiscal e bancários dos suspeitos.


Com os laudos em mãos, o promotor do Gaeco acredita que até a próxima sexta-feira (9) já tenha feito a análise da documentação para dar prosseguimento às investigações, que como ele frisou inúmeras vezes foi prejudicada com o vazamento de informações sigilosas e que será apurado de onde partiu o vazamento das informações para responsabilizar os culpados.

 

Mais prisões
O promotor também não descarta a possibilidade de haver pedido de novas prisões argumentando que nenhuma hipótese será afastada. O pedido de prisão de Olarte e do empresário Amorim foi feito, segundo Marcos Alex, para evitar a possibilidade de interferência direta às provas, além de pressão ou comunicação entre os envolvidos.


Em relação ao afastamento dos vereadores, o promotor disse achar estranha a criação de uma Comissão de Ética na Câmara Municipal para que os parlamentares possam se defender, sendo que o correto seria que a Comissão investigasse os fatos. “Esperávamos que uma Comissão de Ética fosse instaurada, isenta, para investigação. Nos causou estranheza que ela poderá virar uma plataforma de defesa. Percebemos estar havendo uma alinhamento de intenções e isso nos guiou no pedido de afastamento desses vereadores”, disse.

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