O empresário Saulo Batista começou sua caminhada para disputa de uma das vagas para deputado federal pelo partido Republicanos. O Candidato foi o entrevistado no programa Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, na última sexta-feira(26), no dia da comemoração do aniversário de Campo Grande.
Na oportunidade o empresário defendeu a importância da geração de empregos e da qualificação da mão de obra mais jovem, bem como sobre a valorização da agricultura familiar e redução da pesada carga tributária cobrada atualmente em Mato Grosso do Sul. "Sou candidato a deputado federal movido pela convicção de que a gente precisa ter como foco cuidar da nossa gente. A grande obra que um Governo pode fazer e a grande realização que os homens públicos podem fazer é a de cuidar da nossa gente", declarou.
Para Saulo Batista, nenhuma das questões que hoje movimentam o debate político da atualidade e nenhum dos pontos que motivam esse debate entre Direita e Esquerda, que está cada vez mais acirrado, é tão importante quanto o drama dos nossos irmãos e irmãs que hoje estão sem trabalho e sem poder garantir o próprio sustento e o da sua família. "Então, eu sou candidato a deputado federal para atacar esse problema que é o desemprego, lutando para gerar oportunidade de emprego e renda para a nossa gente. Porém, ainda temos outro problema: a falta de qualificação profissional. Um problema que atinge principalmente os mais jovens. Apenas em 2021, tivemos 3 mil dos nossos adolescentes que largaram o Ensino Médio para procurar um trabalho", revelou.
Segundo Saulo Batista, a melhor forma de resolver essa questão é fomentar uma política de assistência estudantil que possa manter esses jovens na escola, pois lá é o lugar das nossas crianças e adolescentes. "É preciso também criar uma política de universalização de oferta de vagas no Ensino Técnico Profissionalizante nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul para que esses jovens tenham um horizonte de oportunidades para construir o seu futuro e realizar os seus sonhos através do trabalho. No aspecto mais amplo, é necessário modernizar os mecanismos de incentivo fiscal para que contemplem, além da política de arrecadação, a melhoria de trabalho da nossa gente", ponderou.
Incentivos e impostos
Ele propõe ainda o aperfeiçoamento do Programa MS Indústria, fazendo com que a contrapartida das empresas que recebem o benefício inclua a necessidade de implementar uma política de qualificação profissional para os sul-mato-grossenses e uma política de aproveitamento dos alunos dos cursos de qualificação profissional. "Nada mais razoável que a gente atraia indústrias para o Estado com o benefício fiscal e as vagas oferecidas por elas sejam preenchidas por trabalhadores daqui. Sou contra financiar uma política de incentivos fiscais e as melhores vagas dessas empresas sejam para trabalhadores de outros Estados, impossibilitando a melhora da qualidade de vida do nosso povo", afirmou.
Saulo Batista ressalta que o Estado não gera riquezas, portanto, todos os recursos que a União, o Estado e os municípios utilizam saem dos impostos de quem gera empregos. "Dessa forma, toda vez que o Estado arrecada mais, significa menos dinheiro para se investir, para se contratar, para se consumir, ou seja, menos estímulo para a economia funcionar. Nós precisamos diminuir esse peso do Estado sobre quem produz e o caminho para isso é uma reforma administrativa que reduza o custo da máquina pública. No entanto, o sistema tributário brasileiro não precisa ser apenas menos oneroso, precisa também ser mais racional", argumentou.
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Saulo Batista caminha junto com Tereza Cristina, eles defendem o fortalecimento da agricultura familiar
Na avaliação dele, é preciso que, acompanhado por essa reforma administrativa, se faça também uma reforma tributária, que torne mais racional esse sistema, ou seja, que se tenha mais previsibilidade para o pagador de impostos, que sejam processos mais simples e que não se gaste tanto tempo apenas cumprindo essas obrigações. "Nós precisamos, primeiro, de uma reforma administrativa, que reduza o peso do Estado sobre quem produz e trabalha, e de uma reforma tributária, que torne o nosso sistema de arrecadação, não só menos oneroso, mas também mais racional", sugeriu.
Agricultura familiar
Sobre a agricultura familiar, o candidato lembrou que, infelizmente, no Brasil ainda se tem uma visão bastante equivocada por parte de alguns atores do cenário político, que enxergam a agricultura familiar e o agronegócio como antagonistas, quando é justamente o contrário. "Eles são duas faces de uma mesma moeda que se complementam e a minha candidatura a deputado federal representa, inclusive, esse esforço de conciliação entre o agronegócio, que precisa ser valorizado como locomotiva da nossa economia e principal fator de superávit da nossa balança comercial, e a classe política", declarou.
Para Saulo Batista, o agronegócio precisa de um olhar especial por parte da classe política para o homem do campo, que valorize a necessidade de uma reforma agrária, da regularização fundiária, da luta pela terra e que esteja ao lado daqueles que só querem um pedaço de chão para produzir. "Há iniciativas simples que podem ser tomadas para tornar a agricultura familiar de Mato Grosso do Sul mais sustentável e um dos mecanismos públicos mais importantes são as compras governamentais. Nós podemos empregar os recursos que vêm do Governo Federal para o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) para fazer aquisições e assim tornar economicamente sustentável a agricultura familiar. Não adianta dar um pedaço de chão a esses pequenos agricultores, pois, muitos pensam ainda, que a reforma agrária se encerra quando se distribui um lote", alertou.
Segundo o empresário, o segundo passo da reforma agrária inclui a assistência técnica, a política de crédito rural sustentável para o pequeno produtor e, principalmente, gerar uma demanda que torne o empreendimento economicamente viável. "Entendo que o Governo do Estado precisa acordar para a necessidade que essas compras governamentais, especialmente as do PNAE, são um instrumento importante que, infelizmente, precisa ser utilizado para tornar esses pequenos produtores rurais economicamente ativos. Temos um poderoso mecanismo em mãos que hoje não está sendo utilizado, além, obviamente, de outras iniciativas, como o Governo Federal retomar as desapropriações para a reforma agrária", aconselhou.
Ele acrescenta que, por conta de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), as desapropriações estão paralisadas. "É muito importante olhar para trás, investigar os malfeitos, apurar, responsabilizar e aprender com esses erros para aperfeiçoar os mecanismos no futuro. O tema da agricultura familiar é muito sério e aí cabe ao Governo o desafio de trocar a roda do carro com ele andando, não podemos ficar quatro anos com desapropriações congeladas, enquanto se investiga o quê foi feito de errado no passado. Outro ponto que considero muito importante é a reforma do mecanismo do crédito fundiário. É necessário aumentar o teto desse financiamento, ampliar a carência, que hoje é de três anos, para cinco anos e aplicar uma política de juro zero, que sempre funcionou no Brasil para crédito subsidiado para empresários e agora está na hora de ser utilizado para a agricultura familiar", indicou.
Eleições 2022
Nas suas considerações finais, Saulo Batista reforçou que as eleições de 2022 são um importante instrumento para a renovação política que vem ocorrendo nesse ciclo da Nova República, mas essa renovação tem de ser real. "Não podemos cair na armadilha daqueles que vêm se dizendo novo e falando em renovação, mas são apenas a mais nova cara do mesmo sistema que nunca olhou para a nossa gente ou então a mais nova geração das mesmas famílias e mesmos sobrenomes que sempre dominaram a nossa política, mas nunca olharam por nossa gente", argumentou.
Para ele, a principal renovação a ser consolidada nas urnas em outubro é a renovação de práticas e a renovação de ideias. "Para isso, é importante eleger candidatos que tenham a convicção, que saibam que a grande obra que um governo pode fazer, a grande realização que cabe aos homens públicos é cuidar bem de nossa gente, é cuidar das pessoas. É por isso, para ajudar a construir esse futuro, para ajudar a construir essa nova realidade para o Brasil e para Mato Grosso do Sul que estou me colocando à disposição de vocês e espero conquistar essa vitória no dia 2 de outubro, primeiro com a permissão de Deus, pois é Ele quem constitui toda a autoridade sobre a Terra, mas com o apoio e o voto de confiança de vocês", finalizou.