O representante em Mato Grosso do Sul do PDT nacional, como prefere ser chamado o que atua como interventor João Leite Schimidt, entrou com pedido de retomada dos mandatos dos deputados estaduais Ary Rigo e Onevan de Matos, que romperam com o partido da flor vermelha após conflito interno com a ala do deputado federal Dagoberto Nogueira.
Schimidt, quando da sinalização dos deputados de saírem da legenda, chegou a dizer que não tentaria retomar os mandatos, porém, mudou de ideia.
Ao Capital news, via telefone, respondeu: “O estatuto do partido diz que o mandato não é do candidato, mas do partido. Foi um pedido por justa causa.”
Além de Rigo e Onevan, Antonio Braga e Coronel Ivan de Almeida estavam na celeuma contra Dagoberto. Braga preferiu continuar no PDT. Já Ivan foi para o PRTB.
“Não podia pedir o mandato do Ivan porque ele foi eleito por outro partido”, disse. Schimidt espera que o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) resolva a questão rapidamente. "Tudo é meio moroso, mas acredito que o TRE vá julgar em, no máximo, sessenta dias. Apesar de ser moroso, acredito que deva ser rápido, agora." Ainda cabe recurso.
Esta semana, durante sessões na Assembleia Legislativa, o deputado Onevan de Matos (que, assim como Rigo, foi para o PSDB) parecia fugir da imprensa; via um jornalista ia para o outro lado. Durantes os dias de sessões, ele recusou-se a falar com o Capital News a respeito da solicitação de Schimidt.
Rixa
A eleição realizada no dia 22 de agosto – a que pôs o vereador Paulo Pedra como presidente do partido em Campo Grande [ratifica mais tarde por determinação do PDT nacional] –, foi com uma chapa única, mas não de consenso, formada apenas por pessoas ligadas a Dagoberto. O ato foi praticado contrariando decisão de Rigo, então presidente. Esta teria sido a gota d’água entre a relação conflituosa entre o grupo ligado a Dagoberto e os deputados estaduais, liderados por Rigo.
Havia explicita divisão dentro do PDT local, polarizada pelos deputados estadual Ary Rigo e federal Dagoberto Nogueira, teria como ponto culminante a possibilidade de uma aliança com o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos (PT), que pretende ser novamente chefe do Executivo Estadual. Rigo apoia a continuidade de André Puccinelli (PMDB), já Dagoberto quer o retorno de Zeca.
Mesmo continuando no PDT, Braga teria dito que continua também apoiando André Puccinelli.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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