O governador do Estado, Reinaldo Azambuja, defendeu urgência nas medidas de socorro aos estados e municípios e pediu solução de consenso entre Governo Federal, Câmara dos Deputados e Senado para evitar um colapso econômico.
“A cada dia que passa os estados vão ficando sem expectativa. Você não tem nenhum socorro. Eu tive uma videoconferência, com o presidente Bolsonaro, no dia 23 de março, em que foi anunciada prorrogação das dívidas dos estados com o governo federal e até agora nenhuma medida legislativa foi tomada nesse sentido. A gente corre contra o tempo porque as medidas de saúde e as despesas para atender os mais vulneráveis acontecem todo dia", afirmou Azambuja nesta segunda-feira (27).
Com a economia baseada na agronegócio, Mato Grosso do Sul tem como principal fonte de receita o ICMS, que é um imposto estadual que incide sobre a circulação de mercadorias. É com esse dinheiro que o Estado faz investimentos em saúde, segurança e educação, paga fornecedores e o salário dos servidores. Com a pandemia e a paralisação das atividades econômicas, a arrecadação despencou e as despesas com saúde dispararam. A previsão é de queda da arrecadação de R$ 250 milhões em maio.
“Podemos tomar medidas de retomada das atividades produtivas com todos os cuidados de proteção ao trabalhador e trabalhadora e, principalmente, ao cuidado e proteção aos consumidores. Acho que se dosarmos isso a níveis que a gente mantenha os controles de isolamento, sem risco, a gente consegue retomar as atividades produtivas e você começa a circular mercadorias e melhora pra frente”, disse.