A mobilização dos senadores pelo adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para novembro de 2020, vem ganhando força. A preocupação é com a desigualdade no ensino a distância e as condições sanitárias para aplicação das provas.
Reitores de 63 universidades federais, representados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), divulgaram carta em que reforçam a necessidade da definição de novo calendário a partir de diálogo com os educadores.
Servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do Enem, também assinaram um manifesto em que 38 entidades ligadas à educação pedem ao governo a suspensão do calendário.
O principal argumento é que, com a suspensão das aulas provocada pela pandemia de coronavírus, estudantes sem acesso à internet e sem aulas presenciais terão sua performance no exame prejudicada.
Além disso, a Secretaria de Controle Externo da Educação do Tribunal de Contas da União (TCU) deu parecer favorável à mudança de cronograma.
Até o momento, no entanto, o Ministério da Educação (MEC) mantém as datas do Enem 2020. As inscrições para o exame foram abertas em 11 de maio e mais de 2,8 milhões de candidatos se inscreveram.