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Política Quinta-feira, 04 de Março de 2021, 15:54 - A | A

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Representatividade

Simone Tebet deverá ser a primeira indicada ao novo cargo de liderança da bancada feminina no Senado

Proposta será analisada pelo Senado na próxima semana

Lethycia Anjos
Capital News

Agência Senado

Senadora Simone Tebet

Senadora Simone Tebet

Durante reunião realizada junto a bancada feminina do Senado nesta quarta-feira (3), o senador e líder da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se comprometeu a incluir na pauta da próxima sessão do plenário da próxima terça-feira (9), o Projeto de Resolução do Senado PRS 6/21 que solicita a indicação de líder e vice-líder para a bancada feminina do senado.

 

Senadora sul-mato-grossense, Simone Tebet (PMDB-MS), será a primeira indicada ao cargo, ela destaca que a ideia é que haja revezamento semestral no cargo entre as 12 senadoras. “O papel da liderança é ter voz e vez na bancada. Não teremos voz, nem vez à altura da nossa representatividade (de tudo aquilo que nós representamos defendendo não só a mulher, mas a sociedade brasileira na sua pauta, pelo olhar e pela sensibilidade feminina) se nós não tivermos assento no Colégio de Líderes para falar, para reivindicar pauta, para deliberar o que entra e o que não entra na pauta [do plenário] e também nas comissões”, enfatizou Tebet via assessoria.

 

Marcando as comemorações do mês da mulher, as senadoras conseguiram ainda o apoio de Rodrigo Pacheco  para que o colégio de líderes votasse em outras três propostas sugeridas por elas ao longo do mês de março. Conforme a Agência Brasil uma das pautas sugeridas é a proposta que estabelece prisão de até quatro anos para a prática de perseguição obsessiva, também conhecida também como stalking. A perseguição obsessiva é uma prática reiterada, em que a vítima é ameaçada psicologicamente ou até fisicamente e tem sua liberdade de ir e vir restringida. O criminoso, que pode atuar também por meio da internet, perturba a liberdade ou invade a privacidade da vítima. O texto da senadora Leila Barros (PSB-DF), aprovado pelo Senado, foi modificado na Câmara em dezembro do ano passado e, por isso, precisará de nova análise dos senadores.

 

Foi aprovado pelos deputados o substitutivo da deputada Shéridan Oliveira (PSDB-RR), que aumenta a pena prevista no texto inicial. Conforme o texto aprovado, a pena será de um a quatro anos de reclusão e multa, mas poderá ser ainda maior se o crime for cometido contra mulheres por razões da condição do sexo feminino; contra crianças, adolescentes ou idosos; se os criminosos agirem em grupo; ou se houver uso de arma.

 

A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), ressaltou que durante a reunião com Pacheco foram reivindicadas uma maior participação na relatoria de projetos de áreas como economia e agricultura. “Não queremos ficar somente com a relatoria de pautas que tem a ver com causas femininas. Nós entendemos de todos os assuntos”, explicitou Freitas via assessoria .

 

A também senadora Leila Barros (PSB), tomou posse como procuradora da Procuradoria Especial da Mulher do Senado (ProMul) criada em 2013 pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),com intuito de inserir o Senado de forma mais efetiva no debate sobre questões de gênero e na luta pela construção de uma sociedade igualitária. 

 

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