A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, pré-candidata do MDB à presidência da República, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (25) ao lado dos presidentes do seu partido, Baleia Rossi, e do Cidadania, Roberto Freire, que confirmaram acordo para as eleições de outubro. Entre outros assuntos, o alto preço dos combustíveis e a situação da Petrobrás, não passou em branco.
Enquanto o atual governo aposta em uma possível privatização da companhia para que o preço dos combustíveis caia, Tebet, que se diz liberal e a favor de privatizações, afirma que no caso da Petrobrás, esse não é o caminho. “Sou contra a privatização da Petrobras, já disse isso várias vezes, mas sou liberal na economia e a favor de privatizações. Comigo não é oito ou 80; há um caminho do meio, e é esse caminho que vai me permitir dialogar com ambas as frentes”, disse, quando questionada sobre o assunto
Segundo ela, a definição de “estado mínimo” não pode ser interpretada literalmente, já que em determinadas situações, a atuação oficial é essencial. “E eu tinha como premissa, e continuo tendo, que não é Estado mínimo ou máximo, é o Estado necessário para servir as pessoas. É tratar bem os investidores e entender que o mercado e a iniciativa privada são parceiros no desenvolvimento do Brasil”, afirmou.
Parcerias Público-Privadas
Simone Tebet afirmou que tudo o que não é essencial, deve ser direcionado para a iniciativa privada, usando o setor de logística como exemplo. “É preciso parcerias público-privadas, concessões e agilizar e flexibilizar esse marco regulatório para termos ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, cabotagem e estradas duplicadas nas mãos da iniciativa privada, porque não cabe dinheiro público em asfalto”, acrescentou.
De acordo com a pré-candidata, o Estado deve se concentrar naquilo que “é de soberania nacional e segurança nacional”.
Terceira Via
Com o acordo selado entre MDB e Cidadania, Simone Tebet aguarda agora o aceite do PSDB à sua pré-candidatura e a decisão tucana deve acontecer apenas na próxima semana, já que a executiva nacional tem uma reunião marcada para tratar o assunto.
Sem um nome para a disputa desde que o ex-governador de São Paulo, João Dória, abriu mão da disputa ao perceber a falta de apoio dentro do próprio partido, o PSDB tenta agora acordos locais para confirmar o apoio à senadora.
Um deles passa pela disputa de Mato Grosso do Sul. Nos bastidores, fala-se que a saída da corrida pelo governo de André Puccineli (MDB) para apoiar Eduardo Riedel (PSDB) seria uma das exigências para que o acordo seja fechado e o mesmo aconteceria no Rio Grande do Sul.