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Política Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2020, 14:56 - A | A

Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2020, 14h:56 - A | A

Pandemia

Simone Tebet não concorda em “ficar pra trás” na vacinação contra covid

Para a senadora, o problema não é financeiro

Laryssa Mayer
Capital News

Divulgação/Assessoria

Simone Tebet não concorda em “ficar pra trás” na vacinação contra covid

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Durante a votação da Medida Provisória que destina cerca de R$ 2 bilhões para o combate à doença no plenário do Senado, na tarde de quinta-feira (3), a Senadora, opinou sobre a demora da vacina do Covid. “Vamos aprovar quantas Medidas Provisórias forem necessárias para que possamos ter recursos para vacinar a população brasileira”. Simone ressaltou a expertise do Brasil pelo seu histórico bem sucedido de vacinação em massa.

“Dizer que nós só poderemos vacinar em março, num país que tem expertise, e consegue, com a capilaridade que temos juntamente com estados e municípios, vacinar em 20, 30 dias a população brasileira? Começar em março por quê? O Brasil tem capacidade de vacinar. O Brasil tem expertise. Nós não vamos admitir ficar para trás. O Reino Unido começa a vacinação em dezembro, a Europa, em janeiro. Nós precisamos, no mais tardar, na primeira semana de janeiro aprovar quantas vacinas forem eficientes e nos colocarmos à disposição da população brasileira. Toma quem quer, o que não podemos, jamais, é ter um cidadão brasileiro querendo tomar a vacina e ter que esperar até 2022. Até lá podemos perder a vida desse mesmo cidadão”, disse.

De acordo com a assessoria, Simone ainda lembrou que o Brasil já ultrapassou 175 mil mortes por conta do coronavírus e que é preciso agir rapidamente para salvar vidas “Entre olhar para o passado e olhar para o futuro, que é uma vacinação em massa capaz de salvar outras milhares de vidas, vamos ficar com o presente. Minha palavra é de decepção com a coletiva do Ministério da Saúde. Esperávamos organização, trabalho e atitude do governo federal. Esperava-se muito, mas o nada pariu o pouco. Quando se imaginava um plano de vacinação abrangente e detalhado, atribuindo funções e responsabilidades institucionais, o que se viu foram critérios que parecem ter saído, como uma rápida junção de retalhos, da necessidade daquela reclamada reunião, menos que da vacinação”, criticou.

Simone ainda reclamou do fato de a programação inicial do governo prever que apenas 1/3 da população brasileira seja imunizada em 2021. “Estipular, como idade mínima para a primeira fase da vacinação, um número superior à expectativa real de vida dos brasileiros de regiões mais pobres me parece um exercício de desumanidade. É preciso que os critérios de relevância e urgência orientem as decisões futuras de quem é responsável por manter a nossa história de sucesso em termos de vacinação coletiva”.

A MP 994/2020, que abre crédito extraordinário de cerca de R$ 2 bilhões para a compra da tecnologia da vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, do Reino Unido foi aprovada pelo Senado nesta quinta-feira, um dia após a aprovação na Câmara dos Deputados. O texto agora segue para a promulgação.
Os recursos serão usados para bancar 100 milhões de doses do imunizante para a população. As primeiras doses serão importadas e, depois, produzidas pela Fiocruz.

 

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