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Política Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2016, 10:17 - A | A

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Solurb afirma que prefeitura “quer posar de bom pagador” após auditoria

Município afirmou que não há mais débitos com a empresa

Adriel Mattos
Capital News

Deurico/Capital News

Solurb afirma que prefeitura “quer posar de bom pagador” após auditoria

Empresa afirmou também que relatório não tem "legitimidade"

Após a prefeitura de Campo Grande apresentar auditoria apresentando irregularidades e não ter mais dívidas com a CG Solurb, concessionária responsável pela coleta de lixo e limpeza urbana, emitiu nota apontando que o município “quer posar de bom pagador”. O relatório da prefeitura, segundo a empresa, não tem credibilidade.

 

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A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha); de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), da Receita (Semre), a Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados (Agereg) e a Procuradoria-Geral do Município (PGM) verificaram diversos serviços prestados e apontaram irregularidades.

 

Durante o período do contrato, desde novembro de 2012 até agosto de 2015, a prefeitura repassou R$ 207 milhões para a empresa. O município considera que a empresa recebeu tudo em dia.

 

Confira na íntegra a nota da CG Solurb:

 

Tendo em vista informações prestadas à imprensa pela Prefeitura Municipal de Campo Grande a CG Solurb vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

 

Carece de qualquer legitimidade e credibilidade o “laudo” apresentado hoje [quinta-feira, 11] pela PMCG e que “conclui” a ocorrência de pagamento a maior pelos serviços prestados ao município pela CG Solurb.

 

Primeiro porque a iniciativa decorre de ato unilateral por parte da PMCG, não tendo a CG Solurb participado de nenhuma das “diligências a campo” e tampouco de checagens “in loco” realizadas pelo município.

 

Se o município conclui pela inconsistência na prestação dos serviços em face dos pagamentos realizados, há que se questionar: que medida foi tomada pela atual gestão com relação aos servidores que aprovaram as medições relativas a 2013 e 2014 – todas pagas –, no primeiro período da gestão do prefeito?

 

Teria porventura a Agência Municipal de Regulação se omitido? Como é possível concluir somente agora, “seis meses depois”, que determinada rua, calçada, ou boca-de-lobo não foi varrida, limpa, ou capinada adequadamente?

 

Isto posto, inexiste a possibilidade desta concessionária comentar o citado “laudo”, haja vista que não tivemos acesso ao seu conteúdo, o que buscaremos incialmente pela via administrativa e, se necessário, em juízo, visto que fica clara mais uma tentativa da PMCG de protelar os pagamentos pelos serviços prestados, bem como macular a imagem da concessionária perante a opinião pública.

 

Aliás, reafirmamos que a legitimidade do referido laudo com absoluta certeza não sobrevive à qualquer trabalho técnico de cunho independente, o que buscaremos, se for necessário, ainda que seja em juízo.

 

Salientamos ainda, que desde a assunção da atual gestão municipal, nenhum pagamento foi feito pela PMCG a concessionária, o que ocasiona diversos transtornos e prejuízos a empresa.

 

Os valores que foram recebidos e são utilizados para custear as nossas operações, apesar de líquidos e certos, somente foram repassados por ordem judicial, ou seja, não pode agora o município, com base em um “laudo” certamente eivado de vícios, querer posar de bom pagador.

 

Acreditamos serem levianas quaisquer afirmações de superfaturamento ou inexecução dos serviços medidos.

 

Por fim, e não menos importante, devemos lembrar que na contramão das ações para redução dos casos de dengue, zika vírus e febre chikungunya, desde setembro de 2015, por determinação da PMCG, reduzimos significativamente os serviços de varrição, capina, roçada, limpeza de boca-de-lobo, bem como demais serviços correlatos.

 

Em suma, os atuais gestores, focados na destruição da imagem da CG Solurb, perdem o foco no Aedes aegypti, que tantos dissabores e sofrimento tem causado à população.

 

CG Solurb
Campo Grande, 11 de fevereiro de 2016

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