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Política Sábado, 06 de Maio de 2017, 10:25 - A | A

Sábado, 06 de Maio de 2017, 10h:25 - A | A

Gás natural

Termos de acordo para compra de gás da Bolívia é definido por Azambuja e Evo Morales

Reunião também abordou sobre a ampliação acordos de cooperação e intercâmbio comercial para expansão da produção agrícola

Mariana Castelar
Especial para o Capital News

Divulgação/Assessoria

Termos de acordo para compra de gás da Bolívia é definido por Azambuja e Evo Morales

Reunião aconteceu em Santa Cruz de La Sierra

O governador Reinaldo Azambuja e o governador de Mato Grosso, Pedro Tanques, se reuniram com Evo Morales a fim de definirem os termos de futuro acordo para importação direta, por empresas estaduais, de gás natural. O encontro aconteceu em Santa Cruz de La Sierra, na quinta-feira (04). Em contrapartida, a Bolívia manifestou interesse de exportar ureia, matéria prima para fabricação de fertilizante nitrogenado e adubo.

 

Durante encontro foi falado sobre a criação de uma comissão técnica para conduzirem as negociações, que será formada pelos secretários Jaime Verruck (Desenvolvimento) e Marcelo Miglioli (Infraestrutura) e o diretor-presidente da MSGÀS, Rudel Trindade, além de um representante do Governo do Mato Grosso. Já  o presidente boliviano designou o ministro de Hidrocarburos Y Energía, Luis Alberto Sanchez Fernández e o  vice-ministro de Industrialização, Comercialização, Transporte e Armazenamento de Hidrocarboneto, Oscar Barriga Arteaga.


Na reunião foi assinado pelos governadores e o ministro Luis Alberto Sanchez Fernández um Memorando de Entendimento em que o governo boliviano manifesta o interesse pela proposta, que prevê, além da compra de gás natural para suprimento de polos industriais e usinas termelétricas nos dois Estados brasileiros, também a importação de ureia. As autoridades bolivianas já indicaram a planta de Cochabamba como futura fornecedora de insumos e suprimentos de gás natural.


Azambuja também conversou com o presidente boliviano sobre a ampliação acordos de cooperação e intercâmbio comercial para expansão da produção agrícola. O país boliviano quer apoio dos dois governadores para intensificar  o comércio bilateral e diversificar sua economia. Essa intenção também foi manifestada no documento assinado pelo ministro de Hidrocarburo y Energía. Os termos contratuais, preço, condições de transporte e armazenamento serão conduzidos pelo presidente da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Boliviano), Guilhermo Acha Morales, e os dirigentes de empresas de gás dos estados brasileiros.


O governador levou a proposta como interlocutor do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul), bloco que reúne o Estado, além  do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na próxima reunião do Conselho, que acontece no dia 22 deste mês, Azambuja vai aprofundar a discussão sobre os termos do contrato. “A reunião foi muito positiva, as autoridades bolivianas foram receptivas à nossa proposta, inclusive sobre a reativação do ramal na fronteira de Corumbá, que vai levar gás para a termelétrica de Ladário”. O projeto da térmica prevê demanda de suprimento de 1 milhão a 1,3 milhão de m3/dia.


A permissão para que os estados possam negociar acordos bilaterais e vê perspectivas das relações comerciais se ampliarem no campo da cooperação técnica e científica no setor agrícola, em razão dos potenciais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também foram temas abordados, de acordo com o governador.

Divulgação/Petrobras

Termos de acordo para compra de gás da Bolívia é definido por Azambuja e Evo Morales

Gasoduto Brasil-Bolívia

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