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Política Quinta-feira, 07 de Maio de 2020, 12:36 - A | A

Quinta-feira, 07 de Maio de 2020, 12h:36 - A | A

Sítio em Atibaia

TRF-4 nega pedido de Lula e mantém condenação de 17 anos

Defesa afirmava que declarações de Bolsonaro e Moro reformavam suspeita de que ex-juiz não foi isento

Hélder Rafael
Capital News

Reprodução/Arquivo

ColunaMarcoEusébio

Ex-presidente Lula

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou nesta quarta-feira (6) o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) para que o julgamento de embargos pendentes sobre o sítio de Atibaia fosse suspenso. Com isso, a turma manteve a condenação de 17 anos de prisão do petista neste processo.

 

Os advogados de Lula usaram as recentes declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, para embasar o pedido. De acordo com o documento, as falas de ambos sobre uma possível indicação do Moro para o Supremo Tribunal Federal (STF) reforçariam a suspeita de que o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba não seria isento para julgar o ex-presidente.

 

Outro ponto incluído na documentação foi a troca de mensagens enviada pelo próprio ex-ministro ao Jornal Nacional, entre ele a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL), em que ela pede que Moro permaneça no cargo até setembro, quando deverá ser indicado para o Supremo.

 

Apesar dos argumentos, a 8ª Turma do TRF-4 negou o pedido por unanimidade e manteve a condenação do ex-presidente, proferida em novembro do ano passado, que é de 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula é acusado de receber propina de construtoras, que teriam reformado um sítio, em Atibaia, interior de São Paulo, em troca de contratos com a Petrobras.

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