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Política Sábado, 01 de Setembro de 2018, 10:12 - A | A

Sábado, 01 de Setembro de 2018, 10h:12 - A | A

ELEIÇÕES 2018

TSE rejeita candidatura Lula para as Eleições de 2018

Decisão quase unânime, foi votada no plenário do tribunal na noite desta sexta-feira

Leonardo Barbosa
Capital News

Carlos Moura/TSE

TSE rejeita candidatura Lula para as Eleições de 2018

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do registro da candidatura de Lula, e a presidente do TSE, Rosa Weber

Em votação na noite desta sexta-feira (31) pelos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve seu registro de candidatura negado para as eleições deste ano. O placar final das votações foi de seis votos contrários à candidatura e apenas um a favor.

 

Lula era alvo de 16 pedidos de impugnação à sua candidatura e com a decisão, não poderá mais aparecer no programa eleitoral para presidente, veiculado no rádio e na televisão. A decisão tem validade imediata porque foi publicada ao término da sessão.

 

Durante a madrugada, os ministros ainda suspenderam a sessão para definir se a sentença deveria incluir a retirada completa da propaganda do PT na TV e no rádio. Os ministros optaram, no entanto, somente pela proibição da participação de Lula como candidato, o que permite que o candidato a vice Fernando Haddad continue a fazer propaganda.

 

O placar da votação foi formado com base no voto do relator, ministro Luís Roberto Barroso. Para o ministro, Lula está inelegível com base na Lei de Ficha Limpa, aprovada em 2010, que veta a candidatura de quem foi condenado por órgão colegiado.

 

Paulo Lopes/Futura Press

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Barroso também entendeu que a recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para que Lula participe do pleito não tem força para vincular o Judiciário do país.

 

O entendimento foi seguido pelos ministros Jorge Mussi, Og Fernandes, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira e a presidente, Rosa Weber. A ministra divergiu em parte do relator ao entender que Lula poderia participar da campanha em função do cabimento de recursos, mas ficou vencida. 

 

Edson Fachin foi o único a votar a favor do argumentos apresentados pela defesa de Lula. Em seu voto, Fachin disse que Lula está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, por ter sido condenado na segunda instância da Justiça brasileira, mas, mesmo estando preso, pode concorrer nas eleições devido à recomendação do órgão da ONU.  

 

PGR

Durante o julgamento, a procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, opinou contra a concessão do registro de Lula. Segundo a procuradora, Lula foi condenado pela segunda instância da Justiça Federal e não pode disputar o pleito.

 

Defesa

A defesa de Lula pretende recorrer ao Supremo para tentar garantir a presença do ex-presidente nas eleições.

 

Durante o julgamento, a defesa do ex-presidente afirmou que a Justiça brasileira deveria cumprir recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas e liberar o registro de candidatura do ex-presidente nas eleições.

 

A defesa de Lula também pediu que o TSE não julgasse o pedido de registro. De acordo com o advogado Luiz Fernando Pereira, o processo não estava pronto para julgamento, porque não houve todas as manifestações finais dos que contestaram o registro. Segundo Pereira, “o julgamento é nulo” sem o rito processual que deve ser seguido.

 

 

(Com informações da Agência Brasil)

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