Resultado da Operação Adna, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul retomou as oitivas do caso e dentre os nove ouvidos na manhã de ontem (21), o vereador Cazuza (PP) confirmou ter orientado a testemunha Marly Debora Pereira de Campo a procurar as autoridades e também teria conversado com o agiota Salem Pereira Vieira sobre o vídeo das negociações realizadas de forma oculta.
O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul pretende encerrar o processo do ex-prefeito Gilmar Olarte (PP), ainda em fevereiro, quando ainda duas testemunhas irão depor, sendo elas a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) e o filho de Marly Debora, Fabrício Amaral.
Caso - A investigação realizada pelo GAECO começou em outubro de 2013, mas veio à tona após a prisão de Ronan Feitosa no dia 11 de abril de 2014, em São Paulo. Ele foi solto cinco dias depois, após prestar depoimento. Também no dia 11 de abril, os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Olarte, recolheram documentos, pendrives e computadores.
Os valores obtidos com a suposta lavagem de dinheiro, segundo a investigação, teriam sido usados para a “compra de vereador”. Na época, o advogado de Olarte, afirmou que o prefeito não seria alvo da investigação e seria ouvido na condição de testemunha.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) recebeu, no dia 13 de novembro de 2014, denúncia contra Olarte, feita pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual. O processo tem mais de três mil páginas. No dia 6 de fevereiro de 2015, o TJ-MS divulgou o teor da ação penal proposta pelo MP-MS contra o prefeito de Campo Grande e mais duas pessoas.