O aterro sanitário Dom Antônio Barbosa recebeu a visita de vereadores da Câmara Municipal na manhã desta segunda-feira (12) para constatar denúncias de que a empresa CG Solurb não estaria cumprindo com algumas determinações feitas pela liminar que reabriu o lixão no final do ano passado.
A visita não agradou o parlamentar Airton Araújo (PT). “A primeira impressão desagradou e percebemos que o favorecimento maior é da empresa e que há descaso com os catadores”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, as reclamações dos trabalhadores são justas e sugere que a Usina de Triagem de Resíduos fosse construída no lixão.
Airton Araújo disse que não gostou do que viu
Foto: Rafael Gaijim / Capital News
“Vamos viabilizar o mais rápido possível para ajudar os catadores, do jeito que eles trabalham debaixo de sol, na chuva. As condições do banheiro são lamentáveis, não pode a pessoa almoçar aqui e o banheiro estar ao lado”, observou Airton. “Estamos preocupados em defender os trabalhadores e ser justos. A empresa tem que cumprir a parte dela e catadores também”, disse o parlamentar.
Segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), a visita dos parlamentares será relatado em um documento que será encaminhado para o Executivo Municipal. “A nossa visita foi para verificar algumas denúncias de que a empresa não estaria cumprindo com algumas determinações feitas pela liminar que reabriu o lixão”, afirmou Luiza.
Luiza Ribeiro afirmou que a visita irá compor um relatário que deverá ser encaminhado para prefeitura
Foto: Rafael Gaijim / Capital News
A vereadora disse que os catadores alegam que o acesso ao lixão está sendo restringido pela empresa que exige documentos diferentes para os trabalhadores. “Tinhamos 1300 catadores no começo do ano, e hoje, temos 740 catadores, que é quase pela metade, e isso é prejudicial, porque tem muita família que precisa desse acesso porque é fonte de renda deles”, afirmou Luiza. Segundo a parlamentar, os banheiros que estão no local, são químicos e não é trocado todos os dias, como deveria, sendo limpo apenas uma vez por semana.
“Eles reclamam ainda sobre a falta de iluminação na área de catação”, observou Luiza. “Quanto á continuidade ou não do contrato da Solurb, temos uma provocação da Câmara feita pelo Ministério Público. Vamos reunir com os demais vereadores para verificar como vamos nos manifestar a respeito”, disse a parlamentar.