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Política Quinta-feira, 19 de Setembro de 2019, 09:58 - A | A

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Câmara

Vereadores discutem sobre prevenção à leishmaniose

Foram pontuadas demandas prioritárias que podem ser incluídas como emendas na Lei Orçamentária Anual de Campo Grande para 2020

Adriana Ximenes
Capital News

Divulgação

Vereadores discutem sobre prevenção à leishmaniose

Foram elencadas treinamentos de equipes da Sesau e CCZ

Em 2012, foram confirmados 213 casos de leishmaniose, já no ano passado a média foi de 45 confirmações, os dados são  da Secretaria Municipal de Saúde. As perspectivas e os avanços para prevenção e combate à doença foi um dos principais temas debatidos em Reunião Pública na última quarta-feira (18), no Plenarinho da Câmara Municipal, o evento foi promovido pelo vereador Eduardo Romero (REDE). 

 

Na discussão, foram pontuadas demandas prioritárias que podem ser incluídas como emendas na Lei Orçamentária Anual de Campo Grande para 2020, que deve chegar à Câmara de Vereadores até o fim deste mês, sendo votada até dezembro. Entre as prioridades foram elencadas treinamento de equipes da Sesau e CCZ; implementar ações de medidas de combate e prevenção, a exemplo da castração ou posse responsável; treinamento dos médicos para diagnosticar leishmaniose humana; programa de castração e elaboração de abaixo-assinado para que as emendas na LOA sejam implementadas; discussão sobre a integração de veterinário nas unidades básicas de saúde da família. 

 

 

Para o professor doutor médico veterinário André Luis Soares da Fonseca, os avanços desde que houve a possibilidade de tratamento dos cães com leishmaniose e não apenas a eutanásia como alternativa quando ocorre o diagnóstico. Desde 2012, existe uma liminar que impede a eutanásia obrigatória de cães. Já em 2014, os profissionais da área começaram a tratar mais cães com leishmaniose, começou a ter maior consciência sobre a posse de cães. Porém, é ainda uma doença cheia de preconceito e de falta de conhecimento.

 

O veterinário André, lembrou que a leishmaniose é bastante antiga em Mato Grosso do Sul, com primeiro caso ainda em 1907, na cidade de Corumbá. Pontuou ainda a necessidade de castrar os cães que são focos da doença e melhorar o diagnóstico dos casos nos humanos, que também são reservatórios da doença.   

 

O vereador Veterinário Francisco presidente da Comissão de Defesa, Bem-Estar e Direito dos Animais da Câmara de Vereadores, falou da  importância de dar continuidade ao tratamento. As pessoas tratam os cães e não dão andamento, não usam repelente, o problema se instala novamente. É preciso trabalhar mais a educação.

 

Legislações 

 

Ainda em 2014, a Câmara de Vereadores, por proposição do vereador Eduardo Romero, promoveu Audiência Pública sobre prevenção e combate à leishmaniose em que vários pontos foram debatidos. A partir de então, foi criada a Comissão Permanente de Bem-estar Animal da Casa de Leis e um grupo de trabalho multidisciplinar para combate à leishmaniose, debatendo ações da Câmara e outros órgãos. Várias legislações também entraram em vigor para auxiliar na prevenção e combate

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Está em vigor a Lei 5340/14, que institui o Dia Municipal da Adoção, Proteção e Bem-Estar dos Animais no Município de Campo Grande, que será comemorado todo dia 10 de dezembro, a Lei Municipal 5392/14 que institui em Campo Grande o Programa “Bem Estar Animal”, visando o controle reprodutivo de cães e gatos, ações de combate e prevenção à leishmaniose e as outras zoonoses, além do registro, vacinação, vermifugação e encoleiramento.

 

Campo Grande também conta, desde 2015, com a Lei Municipal 5593, autorizando o Executivo a criar a UPA-VET (Unidade de Pronto Atendimento Veterinário), que ainda não foi colocada em prática.  Ainda, há a Lei Complementar 321/18, com alterações no Código Sanitário Municipal, que contempla o tratamento clínico dos cães. Ainda, em anos anteriores, foram propostas emendas ao Orçamento do Município para a causa animal, mas algumas foram vetadas pelo Executivo. Houve a proposição para destinação de recursos para campanhas, castrações, implantação do Castramóvel e R$ 1 milhão apenas para a UPA-VET. 

 

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