Após a oitiva com representantes das empresas Mega Serv e Total, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Inadimplência, na Câmara Municipal, os vereadores Elizeu Dionízio e Paulo Siufi, abriram os documentos enviados pelo prefeito Alcides Bernal (PP), sobre os pagamentos efetuados à CG Solurb. De acordo com a análise dos parlamentares, Bernal mentiu e ainda deve R$ 18 milhões a empresa.
Os vereadores alegam que os R$ 17 milhões que o prefeito disse ter pago, na verdade não correspondem à realidade. Entre as notas fiscais apresentadas, estão pagamentos feitos até pela gestão do ex-prefeito, Nelson Trad Filho.
Uma das notas, referente a serviços prestados no período de 25 de dezembro a 31 de dezembro, no valor de R$ 1,3 milhão, foi inserida entre os pagamentos efetuados, que chegam ao valor de quase R$ 18 milhões, que o atual prefeito diz ter efetuado.
Existe outra nota, no valor de R$ 5,6 milhões, referente à janeiro deste ano, outra de R$ 4,9 milhões, referente ao mês de fevereiro e uma terceira, do pagamento de R$ 2,5 milhões, realizado no dia 16 de julho, um dia depois da oitiva com representante da Solurb, que disse haver a inadimplência de R$ 18 milhões.
O raciocínio apresentado pelo relator Elizeu Dionízio é de que, considerando que o contrato estipula o pagamento de R$ 5 milhões mensais, no período de sete meses de serviços prestados – de janeiro a julho -, a prefeitura deveria ter pago R$ 35 milhões à Solurb. A somatória de todas as notas apresentadas chega a cerca de R$ 17 milhões, faltando portando outros R$ 18 milhões a serem pagos.
Os documentos foram apresentados um a um para os veículos de imprensa, incluindo as notas fiscais e o extrato de pagamentos. Para Elizeu “o mentiroso foi desmascarado”.
Sobre a consideração do prefeito de que enviou outros comprovantes à Casa de Leis, o relator lançou um desafio: “se ele entregou algum comprovante de pagamento além desses, peçam pra ele apresentar o protocolo”, disparou.
O presidente da comissão, Paulo Siufi, explicou que todos os documentos que dão entrada na Câmara Municipal, para qualquer finalidade, são encaminhados primeiro ao setor de protocolo do legislativo.